Unidade afirma que paciente foi avaliado por equipe médica, recebeu medicação e apresentou parâmetros clínicos dentro da normalidade; prefeitura acionou o MP alegando indícios de negligência
O Hospital Hapvida se manifestou oficialmente sobre a morte de Théo Benício Vantini de Azevedo, de 2 anos, ocorrida no dia 30 de setembro, em Limeira (SP), e afirmou que todo o atendimento prestado à criança seguiu os protocolos clínicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde para a faixa etária. Segundo a unidade, o paciente foi avaliado por equipe médica e assistencial, passou por exames laboratoriais, teve sinais vitais verificados e recebeu medicação nas duas vezes em que esteve no pronto-socorro, apresentando, em ambas as ocasiões, parâmetros clínicos considerados normais para uma alta segura.
A manifestação ocorreu após a Prefeitura de Limeira protocolar, nesta sexta-feira (17), uma representação ao Ministério Público Estadual (MP-SP) contra o hospital, alegando indícios de possível negligência no atendimento. A Secretaria Municipal de Saúde também aplicou um auto de infração ao hospital por dificultar a entrega do prontuário médico da criança, o que teria comprometido a fiscalização epidemiológica.
De acordo com a prefeitura, a criança foi levada já sem vida ao Pronto Atendimento (PA) do Jardim Aeroporto, em um carro de aplicativo. Profissionais da unidade tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso. A mãe relatou aos servidores do PA que o filho apresentava sintomas graves, como dores no peito e dificuldade para respirar, sendo diagnosticado com Influenza A, e que mesmo assim o hospital teria se recusado a interná-lo.
O Hospital Hapvida lamentou profundamente o falecimento do paciente e manifestou solidariedade à família. Em nota, afirmou que está colaborando com as autoridades competentes e que o prontuário médico foi entregue aos familiares. A unidade reforçou ainda seu compromisso com a ética, a segurança e a qualidade da assistência prestada.
“A conduta adotada seguiu critérios de segurança, cuidado e fundamentação técnica”, destacou a instituição. Segundo o hospital, o atendimento foi feito de acordo com os protocolos clínicos e o quadro apresentado pela criança nas duas passagens pelo pronto-socorro não indicava necessidade de internação naquele momento.
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