Secretaria de Saúde reforça importância da vacinação; um dos pacientes não havia sido imunizado
A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou mais duas mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocada pelo vírus influenza, responsável pela gripe. As vítimas, um homem de 83 anos e uma mulher de 93, tinham comorbidades e faleceram no dia 3 de outubro. Um dos pacientes não havia sido vacinado contra a doença.
Com os novos registros, Campinas soma 57 óbitos e 415 casos de SRAG por influenza desde janeiro. Em todo o ano de 2024, foram contabilizados 342 casos e 30 mortes.
Segundo a Secretaria de Saúde, 47 das vítimas deste ano não estavam vacinadas. Entre os dez pacientes imunizados, oito receberam a vacina dentro do prazo recomendado, enquanto dois apresentaram sintomas antes de completar o período de 15 dias necessário para que o imunizante garanta proteção ideal.
A maioria dos pacientes que evoluíram para formas graves da doença tinha doenças preexistentes e fazia parte do grupo de risco.
Vacinação segue disponível
A Secretaria reforça a importância da vacinação contra a gripe, considerada a principal forma de prevenção e de redução do risco de complicações e óbitos. O imunizante está disponível para toda a população a partir dos 6 meses de idade, sem necessidade de agendamento, em 69 centros de saúde da cidade.
Para se vacinar, basta apresentar documento com foto e, se possível, a caderneta de vacinação. Informações sobre endereços e horários das salas de vacina estão disponíveis no site vacina.campinas.sp.gov.br.
Neste ano, a dose protege contra as gripes A (H1N1 e H3N2) e B, e pode ser aplicada junto com outras vacinas do calendário nacional. Crianças vacinadas pela primeira vez devem receber duas doses, com intervalo de 30 dias.
Números da campanha
Até 1º de outubro, Campinas já havia aplicado 360.313 doses da vacina contra a gripe.
- Idosos: 122.928 doses (56,58% da população)
- Crianças (6 meses a 5 anos): 35.707 doses (49,84%)
- Gestantes: 4.626 doses (50,31%)
A campanha, iniciada em 7 de abril, incluiu ações itinerantes em shoppings, terminais de ônibus, supermercados, o Aeroporto de Viracopos e outros pontos da cidade, além de um Dia D de mobilização realizado em abril.
Grupos prioritários
Entre os públicos prioritários estão idosos, crianças, gestantes, puérperas, pessoas com doenças crônicas, povos indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência permanente, além de profissionais da saúde, educação, segurança, transporte, portos e correios, entre outros.
A estimativa do Ministério da Saúde aponta que 494,3 mil pessoas compõem os grupos prioritários em Campinas — número que pode ser atualizado ao longo do ano.