A última reunião da Operação Chuvas de Verão 2024/2025 foi realizada nesta sexta-feira, 11 de abril, na Sala de Resiliência do Paço Municipal. A estratégia, que se encerra oficialmente no próximo dia 15 de abril, termina com perspectivas positivas para a cidade, com avanços em políticas públicas e na integração entre serviços para o atendimento da população.
“A região metropolitana de Campinas foi a mais afetada no Estado de São Paulo durante a Operação Verão, mas em Campinas, conseguimos efetuar um trabalho sincronizado entre os órgãos municipais, que trabalharam de maneira integrada”, afirmou o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado.
Segundo o diretor, a Operação 2024/2025 em Campinas, também foi marcada por treinamentos voltados a levar informação de autoproteção para a população, como evitar entrar em áreas alagadas e eliminar criadouros da dengue. “Com o início da Operação Estiagem, que começará em maio, nós já estamos incorporando, com apoio do Corpo de Bombeiros, orientações sobre incêndios nos treinamentos que fazemos”, disse Furtado.
Para a próxima Operação Verão, muitas mudanças positivas devem ocorrer com a entrada em operação do novo radar metropolitano e mais estações meteorológicas. “Teremos um sistema mais robusto em termos de monitoramento das chuvas, trazendo alertas mais precisos para a população”, destacou Furtado.
Números da Operação Chuvas de Verão 2024/2025
No total, o Sistema 199 da Defesa Civil registrou 1.916 ocorrências entre 1/12/2024 e 9/4/2025. O número supera o da operação passada 2023/2024 (1/12/2023 a 15/4/2024) quando foram registradas 1.287 ocorrências. O número de quedas de árvores na operação atual chegou a 255, o de galhos foi de 89 e alagamento de imóveis/vias somaram 108. Já em 2023/2024, foram 69 quedas de árvores, 61 de galhos e 62 alagamentos de imóveis.
Entre as ocorrências mais marcantes estão os alagamentos no Beco do Mokarzel, em Sousas, e no Piracambaia, em Barão Geraldo, quando 51 famílias foram afetadas.
Não houve mortes nesta Operação. Os dois óbitos de 2024 durante as chuvas de outubro ocorreram fora do período da Operação.
Acompanhando o crescimento de ocorrências, a Defesa Civil e os setores integrantes da Operação também realizaram mais vistorias preventivas, 167 contra 36 na anterior, além de mais campanhas educativas, 39 contra 34.
No balanço de encaminhamentos, Assistência Social, Secretaria de Habitação, Coordenadoria de Fiscalização de Vielas e Terrenos (Cofivt), Departamento de Parques e Jardins e Departamento de Uso e Ocupação do Solo (Duos) foram os que tiveram mais acionamentos da Defesa Civil, mantendo a mesma tendência da operação passada.
Principais ações no período
- Campinas chegou a 75 painéis digitais para aviso da população sobre as chuvas. Ação em parceria da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e Serviços Técnicos Gerais (Setec).
- Emdec fez parceria com o aplicativo Waze para informar motoristas sobre áreas propensas a alagamentos durante as chuvas.
- Inauguração do Abrigo Emergencial Zilda Arns Neumann que poderá abrigar famílias afetadas por enchentes e deslizamentos. Capacidade para 30 famílias.
- O Setor de Vigilância de Determinantes Ambientais da Saúde do Departamento de Vigilância em Saúde começou a utilizar o sistema da Defesa Civil para monitoramento de ocorrências de alagamentos. O setor orienta moradores afetados por enchentes sobre limpeza com hipoclorito e cuidados por meio do programa Vigidesastres.
- A Vigilância de Determinantes Ambientais também treinou Agentes Comunitários de Saúde e de Agentes de Controle Ambiental de todos os 68 Centros de Saúde de Campinas para orientar a população sobre o que fazer se tiver contato com águas de enchentes.
- A Defesa Civil instalou réguas comunitárias para monitorar o nível da água no Beco do Mokarzel, no Piracambaia e na avenida Orosimbo Maia, no centro de Campinas.
- Sanasa entregou 140 mil copos d’água a famílias afetadas por alagamentos.
- Treinamentos de prevenção em extremos climáticos para líderes comunitários de todas as regiões da cidade, incluindo cuidados diante de extremos climáticos, incluindo enchentes, tempestades, e alagamentos, e a necessidade de prevenção à dengue. Parceria da Defesa Civil, Orçamento Cidadão e Saúde.
- Regionalização do fechamento dos parques por chuvas. São utilizados os dados pluviométricos de cada região para determinar em qual região da cidade as áreas devem ser fechadas por Serviços Públicos para evitar riscos aos frequentadores.
- O Duos Urbanismo realizou vistorias em 286 imóveis da cidade, prevenindo acidentes. Digitalização de processos no setor ampliou celeridade das ações.
- Divulgação de alertas e avisos meteorológicos para a população por meio do site Campinas Resiliente e do portal da Prefeitura de Campinas.
- Em apoio à Secretaria de Saúde, realização de Simulados e Prevenção à Febre Amarela e mutirões contra a dengue.
- Renovação da frota de viaturas da Defesa Civil, passando a contar com 14 veículos para atender ocorrências.
Foto: Prefeitura de Campinas