A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou mais dois óbitos por febre maculosa e cinco provocados pela dengue em 2025. A Pasta lamentou e se solidarizou com as famílias.
Com os novos registros, o município totaliza desde janeiro quatro casos de febre maculosa, todos eles com evolução para morte. Três são de residentes em Campinas e dois tiveram o local provável de infecção em outros municípios do estado de São Paulo.
Já o total de óbitos por dengue neste ano chega a 26. O número de casos está em 42.704.
Febre maculosa
A pasta informou que está reforçando as ações de prevenção à doença desde junho em virtude do período de sazonalidade que se estende desde aquele mês até o fim do ano.
Perfis
- Sexo masculino, 68 anos, morador de Curitiba (PR). Estava temporariamente em Campinas a trabalho e residindo na área de abrangência do Centro de Saúde (CS) Carvalho de Moura. Ele apresentou os primeiros sintomas da doença em 14 de junho e a morte ocorreu em 2 de julho. Foi atendido em unidade pública de Campinas e o local provável de infecção foi uma área de pesca na região Sul do município.
- Sexo feminino, 48 anos, residente na área de abrangência do CS Aurélia. Ela apresentou início dos sintomas em 5 de julho e o óbito foi em 13 de julho. Ela foi atendida e internada em hospital privado de Campinas. O local provável de infecção foi uma lagoa em outro município paulista, onde a paciente foi a cavalo.
A doença
A febre maculosa é uma doença grave, com alta letalidade, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. A infecção se dá pela picada do carrapato-estrela infectado com esta bactéria.
Na fase jovem, quando o carrapato é conhecido como “micuim” (larvas) e “vermelhinho” (ninfas), ele pode parasitar qualquer animal, inclusive o ser humano, que frequenta áreas com vegetação, especialmente onde há cavalos, capivaras e outros animais silvestres.
- 2024 (ano todo) – oito casos (todos com transmissão em Campinas) e um óbito.
- 2025 (desde janeiro) – quatro casos (dois com transmissão em Campinas e dois fora) e quatro óbitos.
Dengue
A Secretaria de Saúde de Campinas informou que o desfecho óbito depende de fatores como a procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e características individuais do paciente, como possíveis doenças preexistentes e/ou outras condições clínicas especiais.
Além disso, afirmou que medidas preconizadas foram desencadeadas nas regiões onde residiam as pessoas que morreram: controle de criadouros, busca ativa de pessoas sintomáticas e nebulização para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença e de outras arboviroses.
Perfis
- Sexo feminino, 84 anos, com comorbidades. Atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do centro de saúde (CS) Costa e Silva. Ela teve início dos sintomas em 30 de maio e o óbito ocorreu em 12 de junho.
- Sexo masculino, 63 anos, com comorbidades. Atendido pela rede pública e morador da área do CS Taquaral. Ele teve início dos sintomas em 24 de março e a morte foi em 2 de abril.
- Sexo feminino, 71 anos, com comorbidade. Atendida pela rede particular e moradora da área do CS Barão Geraldo. Ela teve início dos sintomas em 4 de maio e o óbito ocorreu em 17 de maio.
- Sexo masculino, 13 anos, com comorbidades. Atendido pela rede pública e morador da área do CS União de Bairros. Ele teve início dos sintomas em 11 de maio e a morte foi em 15 de maio.
- Sexo feminino, 71 anos, com comorbidades. Atendida pela rede pública e moradora da área do CS Boa Vista. Ela teve início dos sintomas em 19 de abril e o óbito ocorreu em 7 de maio.
Foto: Prefeitura de Campinas