Atividade reforça importância do diagnóstico precoce, acolhimento e qualificação da rede de saúde  A Secretaria de Saúde de Limeira promoveu na quinta-feira (27), no Espaço Elo, no Pátio Limeira Shopping, a capacitação “Manejo da Endometriose na Atenção Primária”, voltada a médicos e enfermeiros da rede municipal. A ação integra a estratégia de qualificação do atendimento às mulheres e de fortalecimento do cuidado à endometriose no sistema público. Participaram do encontro o prefeito Murilo Félix, o secretário de Saúde Alexandre Ferrari, a vereadora Bruna Magalhães e a diretora de Atenção Primária à Saúde, Denise Ferro.  A capacitação atende à Lei Municipal nº 7.158/2025, de autoria da vereadora Bruna Magalhães, que instituiu o Programa Municipal de Atenção Integral à Mulher com Endometriose – “Cólica Não é Normal”. A iniciativa prevê ações de promoção à saúde, diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento humanizado, além da obrigatoriedade de iniciativas formativas sobre o tema.  No encontro, o prefeito Murilo Félix destacou a relevância da lei, lembrando que a vivência da vereadora com a doença ajudou a trazer o tema ao debate público. Ele reforçou a necessidade do diagnóstico precoce e alertou que, sem tratamento adequado, a endometriose pode causar danos irreversíveis à saúde das mulheres.  Alexandre Ferrari ressaltou que esta é a primeira de uma série de capacitações voltadas à Saúde da Mulher e que o encontro tem como objetivo atualizar os profissionais e aprimorar as práticas assistenciais na Atenção Primária. Esclarecendo que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são a porta de entrada para o tratamento, Denise Ferro recomendou que mulheres com sintomas da doença procurem a unidade mais próxima.  Doença Crônica A médica Nathália Freitas, especialista em endometriose, explicou que a doença é uma condição crônica que pode causar dor pélvica, fadiga, alterações intestinais, cólicas intensas, dor durante a relação sexual e infertilidade. “Os sintomas podem persistir mesmo após a menopausa”, observou. Ela afirmou que a endometriose pode atingir não apenas o útero, mas também órgãos como bexiga, intestino e ligamento útero-sacro.  A médica alertou para a importância do diagnóstico precoce, do acolhimento e do encaminhamento adequado. Apesar disso, salientou que o diagnóstico costuma atrasar de 7 a 10 anos, devido à demora na identificação, à falta de orientação profissional e ao descrédito das queixas das pacientes — falhas já apontadas em estudos internacionais.  Nathália apresentou dados que apontam a alta nos atendimentos de endometriose na Atenção Primária pelo SUS, que passaram de 82.693 em 2022 para 145.744 em 2024 — crescimento de 76%. A doença afeta 1 em cada 10 mulheres em idade reprodutiva, e entre 30% e 50% podem desenvolver infertilidade. No Brasil, estima-se que 7 a 8 milhões de mulheres convivam com a condição. Foto: Prefeitura de Limeira

Capacitação reforça conhecimentos técnicos e fortalece a prevenção de ocorrências no município  Os agentes da Defesa Civil de Limeira participaram nesta quinta-feira (27) da etapa prática do treinamento ministrado por especialistas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). A capacitação integra o curso teórico realizado anteriormente e tem como objetivo aprimorar o preparo técnico das equipes municipais na prevenção de riscos.  A atividade ocorreu em uma área suscetível a deslizamento de terra, onde os geólogos do IPT orientaram os participantes na aplicação em campo da metodologia de mapeamento e classificação de risco. Durante a vistoria, foram identificados condicionantes geológicos, evidências de instabilidade e fatores de vulnerabilidade, seguindo parâmetros técnicos adotados nacionalmente.  A iniciativa reforça o compromisso da Defesa Civil em qualificar continuamente seus agentes e fortalecer a gestão de riscos em Limeira. O treinamento contribui para diagnósticos mais precisos, ações preventivas mais eficientes e maior proteção da população diante de movimentos de massa e processos hidrológicos. Foto: Prefeitura de Limeira

Unidade reduziu em 16,7% a demanda de atendimentos nos prontos atendimentos e reorganizou o fluxo  O Centro de Saúde da Criança Dra. Zilda Arns Neumann, conhecido como “Hospital da Criança”, já traz melhorias concretas para as famílias que buscam atendimento pediátrico em Limeira. Inaugurado pelo prefeito Murilo Félix em 13 de outubro, o serviço ampliou a capacidade da rede e permitiu dividir melhor a demanda entre as unidades. Como resultado, houve redução no tempo de espera, fluxo mais organizado e atendimento mais confortável para crianças e responsáveis.  Nos primeiros 30 dias de funcionamento, foram 2.007 consultas realizadas, média de 65 atendimentos por dia. Esse reforço no cuidado infantil contribuiu para diminuir a procura pelos prontos atendimentos da Rede Municipal de Saúde – PA Aeroporto, PA Hipólito, UPA 24 Horas Abílio Pedro – além do PA da Humanitária e do PA da Santa Casa. Considerando a média diária conjunta de todas essas unidades, a queda no movimento foi de 16,7% após o início das atividades do “Hospital da Criança”.  A melhora no fluxo é perceptível em toda a rede. Antes da abertura da unidade, o PA Aeroporto registrava média de 71 atendimentos diários, número que caiu para 62. No PA Hipólito, a média reduziu de 43 para 38 atendimentos por dia; no PA Infantil Humanitária, de 86 para 62. A UPA também apresentou retração, de 44 para 39 consultas diárias. O PA da Santa Casa, que registrava média de 55 atendimentos antes da abertura da unidade, passou a 48 após o início do funcionamento do “Hospital da Criança” (de 13 de outubro a 13 de novembro).  Para o prefeito Murilo Félix, os números reforçam o papel estratégico do novo equipamento público. “O Hospital da Criança já demonstra, em pouco tempo, o quanto era necessário. Ele assumiu parte da demanda que antes era espalhada pela rede, trazendo mais dignidade para as famílias e mais eficiência para o sistema de saúde como um todo”, afirmou. Com o novo fluxo pediátrico concentrado na unidade, o secretário de Saúde, Alexandre Ferrari, também destacou os avanços percebidos na rotina dos serviços. “A reorganização da demanda permitiu desafogar os prontos atendimentos e melhorar o tempo de resposta em toda a rede. A proposta sempre foi oferecer um atendimento especializado às crianças e, ao mesmo tempo, equilibrar o funcionamento das demais portas de urgência — e isso já começa a se concretizar”, explicou. Perfil dos pacientes O Hospital da Criança atende crianças de 0 a 13 anos, 11 meses e 29 dias, com maior movimento registrado entre 8h e 22h. Para dar conta da demanda, a Humanitária mantém uma equipe composta por 36 colaboradores diretos, além de uma escala médica contínua: dois médicos clínicos em pediatria durante o dia (das 7h às 19h e das 13h às 19h) e um médico no período noturno (das 19h às 7h). O atendimento ocorre todos os dias, inclusive aos fins de semana e feriados. Segundo a unidade, a maior parte dos atendimentos envolve quadros comuns na infância — especialmente infecções das vias aéreas superiores, amidalite, gastroenterite e nasofaringite, além de sintomas como febre, náuseas e vômitos. Esses casos, predominantes na rotina pediátrica, reforçam a importância de uma estrutura especializada e disponível 24 horas. Estrutura Localizado na Rua Sete de Setembro, 932, no Centro, o “Hospital da Criança” oferece atendimento gratuito e 24 horas. A unidade dispõe de consultórios, sala de observação, sala de estabilização, espaço para pequenos procedimentos, inalação, administração de medicamentos, raio-x digital e coleta de exames. Todos os ambientes são climatizados e projetados especialmente para o público infantil. Um dos diferenciais é a sala de espera exclusiva para crianças com TEA, equipada com isolamento acústico, pufes e brinquedos. Foto: Prefeitura de Limeira