Após operação da Polícia Federal em Limeira, ex-prefeito afirmou que o processo de compra de materiais educacionais seguiu todos os trâmites legais; Prefeitura diz que contrato com a empresa investigada não foi renovado Nesta quarta-feira (12), o ex-prefeito de Limeira, Mário Botion, afirmou, por meio de nota oficial, que o processo de licitação para a aquisição de soluções tecnológicas educacionais, incluindo kits de robótica, materiais pedagógicos e capacitação de professores, foi conduzido de forma “regular e transparente” durante sua gestão. A manifestação ocorreu após a operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do ex-chefe do Executivo, localizada em um condomínio de alto padrão, e na construtora MC Botion. A ação foi realizada em Limeira e em outras cidades do Estado, como Piracicaba, Campinas e Hortolândia. Segundo a assessoria do ex-prefeito, a licitação “observou todos os princípios legais que regem a administração pública” e nenhum órgão de controle, como o Ministério Público ou o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), apontou irregularidades. A nota também ressalta que a operação da Polícia Federal teve apenas o objetivo de coletar documentos e que “não foi constatado qualquer ato ilícito”. Ainda nesta quarta-feira, a Secretaria de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo confirmou que Botion pediu desligamento do cargo de chefe da Divisão Regional de Campinas da Subsecretaria de Convênios com Municípios e Entidades Não Governamentais, função que exercia desde agosto. Em nota, a pasta afirmou confiar na atuação da Justiça, da Polícia e do Ministério Público, “bem como no exercício da ampla defesa”. A Prefeitura de Limeira, por sua vez, informou que não renovou o contrato com a empresa Life Educacional, responsável pelo fornecimento dos kits, e que nenhum pagamento foi feito à companhia em 2025. A administração municipal esclareceu ainda que a Prefeitura não foi alvo de mandado de busca e apreensão durante a operação e que eventuais informações sobre a investigação devem ser obtidas junto à Polícia Federal, responsável pelo caso. Atualmente, uma CPI instalada na Câmara de Limeira também investiga o contrato, suspeito de superfaturamento. A vereadora Mariana Calsa (MDB) foi eleita presidente; Estevão Nogueira (Avante) será o relator; e Felipe Penedo (PL), o secretário. Os vereadores Anderson Pereira (PSD) e João Bano (Solidariedade) permanecem como membros. A primeira reunião da CPI foi marcada para a próxima sexta-feira (14), às 14h, no Plenário Vereador Vitório Bortolan, com transmissão e gravação pelos canais oficiais do Legislativo. Foto: Reprodução/PSD