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Emboscada que matou ex-delegado-geral na Praia Grande teve 69 tiros

Oposição quer votar urgência à anistia nesta quarta (17); texto final ainda não foi definido

Copom deve manter taxa de juros em 15% nesta quarta e adiar início de cortes para 2026

Robert Redford, ícone de Hollywood e ativista ambiental, morre nos EUA

Polícia identifica carros usados na execução de delegado no litoral paulista

Defesa Civil isola parte da rua após enxame de abelhas se aglomerar no asfalto em Limeira

Dia: 17 de setembro de 2025

Emboscada que matou ex-delegado-geral na Praia Grande teve 69 tiros

Material foi analisado pela perícia na cena do crime; foram encontradas ainda 29 perfurações no veículo dele Ao menos 69 tiros foram disparados durante a emboscada que terminou com a morte do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes, na segunda-feira (15). A reportagem teve acesso ao registro do Boletim de Ocorrência da Polícia Civil no qual consta a quantidade de cápsulas encontradas na cena do crime, em Praia Grande, no litoral sul de São Paulo. Foram levados para a perícia: 17 cartuchos 7.62 15 cartuchos 9mm 31 cartuchos 5.56 mm 6 cartuchos danificados Foram encontradas 29 perfurações no veículo do ex-delegado-geral. Imagens de câmeras de monitoramento mostram que os criminosos estacionaram um dos carros e ficaram à espera do ex-delegado. Fontes foi morto após sair da Prefeitura de Praia Grande, onde atuava como secretário de Administração. Ele foi alvo de tiros e teve o seu veículo prensado por um ônibus na sequência. Os criminosos ainda desembarcam do carro e fazem diversos disparos. Conforme os registros, é possível ver que os criminosos estacionam o veículo na Rua Arnaldo Vittuli por volta das 18h. Eles aguardam por cerca de 15 minutos. Quando o relógio da câmera marca 18h15, é possível ver o carro de Ruy Fontes passando pelos bandidos e sendo alvo de, ao menos, dois tiros. Ele teria saído da prefeitura pela Rua José Borges Neto antes de entrar na Arnaldo Vittuli. O ex-delegado avança, vira à esquerda para a Rua 1° de Janeiro e colide com um ônibus na Avenida Doutor Roberto de Almeida Vinhas. Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, dois suspeitos foram identificados por meio do reconhecimento de material genético encontrado no carro envolvido no crime e em perícia feita no local do crime. Linhas de investigação A força-tarefa criada para investigar o assassinato do ex-delegado apura a ligação de um líder do PCC que deixou um presídio federal há um mês com o crime. A informação foi confirmada por fontes na área da segurança pública.A A investigação não descarta nenhuma possibilidade, mas trabalha com duas suspeitas principais: uma reação do Primeiro Comando da Capital (PCC) ou retaliação por sua atuação na prefeitura de Praia Grande (SP), onde era secretário de Administração. Não é descartada, porém, nenhuma linha de investigação. Como delegado, Ferraz Fontes ficou conhecido por seu trabalho contra o PCC. Em 2006, foi o responsável por indiciar toda a cúpula da facção, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, antes de os bandidos serem isolados na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP). Em 2019, quando Marcola foi transferido para um presídio federal, ele era o delegado-geral, cargo que ocupou até 2022. Em outra linha de apuração, os investigadores acreditam que o crime possa ter elo com uma licitação, que teria prejudicado uma entidade ligada aos criminosos. Ferraz Fontes era secretário municipal de Administração de Praia Grande desde 2023, em um cargo não ligado à segurança. Ferraz Fontes foi perseguido pelos criminosos após sair do trabalho, na prefeitura, e colidiu contra um ônibus na tentativa de escapar dos bandidos. Conforme os investigadores, as imagens mostram que a execução foi feita por um grupo treinado: três criminosos saíram do carro, armados com fuzis, para assassinar Ferraz Fontes, e outro bandido ficou no automóvel, para dar retaguarda. O veículo do ex-delegado-geral, um Fiat Argo preto, não era blindado. Um dos carros usados pelos criminosos foi encontrado depois, mas havia sido queimado. Uma mulher e o filho também foram atingidos durante o atentado. “Foram muitos tiros”, disse uma testemunha, da família dessas vítimas. O caso foi registrado junto à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Praia Grande e será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio de demais departamentos. Investigação em 2019 mostrou plano contra ex-delegado-geral Uma investigação do Ministério Público acusou Marcola de mandar matar agentes públicos – dentre eles, Ruy Fontes. Para promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco), “tudo indica que foi um crime de máfia”. Em dezembro de 2023, Fontes sofreu um assalto no litoral paulista. Na época, ele já demonstrava preocupação com sua segurança e de familiares, após anos de atuação contra o PCC. Ele e a mulher saíam de um restaurante e iam para casa quando foram abordados. Um dos criminosos apontou a arma para a cabeça do ex-policial. Foram roubados celulares, joias, cartões e a moto do casal. Os suspeitos foram presos em flagrante, e os bens recuperados. “Combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro. Minha família, agora, quer que eu deixe o emprego em Praia Grande e saia de São Paulo”, disse após o episódio. Ele ainda apontava estar preocupado com a exposição do assalto na mídia e que sua família se sentia ameaçada. Em maio de 2022, o ex-delegado-geral foi vítima de um assalto, mas na Avenida do Estado, zona sul da capital. Uma dupla em uma motocicleta o abordou, mas desistiu ao perceber que o veículo que Fontes dirigia era blindado. Dois anos antes, em 2020, Fontes sofreu uma emboscada de assaltantes no Ipiranga. Ele reagiu e chegou a balear um dos criminosos, que conseguiu fugir. Já em 2012, o ex-chefe da Polícia Civil foi abordado por dois homens na Via Anchieta, no ABC. Caso seja confirmada a participação do PCC, seria a terceira “grande vingança” promovida pela facção contra autoridades que combateram o grupo dentro e fora dos presídios.   Fonte: R7 Foto: RAUL LUCIANO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

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Oposição quer votar urgência à anistia nesta quarta (17); texto final ainda não foi definido

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro tentam emplacar anistia geral, mas enfrentam resistência A oposição na Câmara dos Deputados quer emplacar, nesta quarta-feira (17), a votação de um requerimento de urgência ao projeto que anistia os envolvidos nos atos extremistas do 8 de janeiro. Nesta manhã, está prevista para acontecer uma reunião de líderes partidários, que deve definir a pauta do projeto. A expectativa de lideranças da oposição ouvidas pelo R7 é aprovar a urgência hoje para que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), designe um relator e acelere a votação do mérito para a próxima semana. Ainda se discute quem seria o relator: se Motta manteria o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) ou se nomearia outro parlamentar, como o deputado Tião Medeiros (PP-PR), nome citado por lideranças de centro. Com o apoio de partidos de centro — como o PP, o União Brasil e o Republicanos — o grupo a favor da anistia alega ter mais de 300 votos favoráveis ao texto. Já a ala governista trabalha para angariar votos contra a urgência e, assim, enterrar a proposta. Mesmo entre os partidos favoráveis ao tema, ainda há entraves acerca do mérito do projeto. A oposição defende uma anistia geral, que inclua o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e investigados pelo STF no inquérito das fake news, além da retomada dos direitos políticos de Bolsonaro. Mas existe uma ala que defende uma anistia apenas aos condenados pelos atos do 8 de janeiro, sem incluir Bolsonaro ou aliados. Há ainda um grupo ligado ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que defende um recálculo das penas dos envolvidos no 8 de janeiro. Portanto, sem anistia alguma. Manifestação do STF Bolsonaro foi condenado na semana passada pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar organização criminosa, golpe de Estado, entre outros crimes. Durante o julgamento na Primeira Turma, os ministros deixaram claro que, com relação à condenação do chamado núcleo crucial, não cabe anistia no Parlamento — ela seria inconstitucional. Perguntas e Respostas Qual é o objetivo da oposição na Câmara dos Deputados? A oposição quer votar um requerimento de urgência ao projeto que anistia os envolvidos nos atos extremistas do dia 8 de janeiro. Quando está prevista a votação desse requerimento? A votação do requerimento de urgência está prevista para acontecer nesta quarta-feira, dia 17. Qual é a expectativa da oposição em relação à votação? A expectativa é aprovar a urgência para que o presidente da Câmara, Hugo Motta, designe um relator e acelere a votação do mérito para a próxima semana. Quem pode ser o relator do projeto? Ainda está em discussão quem será o relator. Há a possibilidade de manter o deputado Rodrigo Valadares ou nomear um novo relator, como o deputado Tião Medeiros. Qual é a posição dos partidos de centro em relação ao projeto? Os partidos de centro, como o PP, o União Brasil e o Republicanos, afirmam ter mais de 300 votos a favor do texto. Como a ala governista está reagindo a essa proposta? A ala governista está trabalhando para angariar votos contra a urgência, com o objetivo de enterrar a anistia. Quais são as divergências dentro da oposição sobre o tipo de anistia? A oposição defende uma anistia geral que inclua o ex-presidente Jair Bolsonaro e investigados no inquérito das fake news, enquanto outra ala defende uma anistia apenas para os condenados pelos atos do 8 de janeiro, sem incluir Bolsonaro ou seus aliados. Qual foi a recente condenação de Jair Bolsonaro? Jair Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma trama golpista, o que também deve aumentar seu tempo de inelegibilidade. O que os ministros do STF afirmaram sobre a anistia durante o julgamento? Os ministros deixaram claro que, em relação à condenação do núcleo golpista, não cabe anistia no Parlamento. Qual é a posição de uma ala do Congresso ligada ao presidente do Senado? Uma ala do Congresso, ligada ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, defende um recálculo das penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, sem anistia.   Fonte: R7 Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

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Copom deve manter taxa de juros em 15% nesta quarta e adiar início de cortes para 2026

Mercado financeiro projeta Selic estável no maior patamar desde 2006; decisão do Banco Central ocorre em uma ‘superquarta’ O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central define nesta quarta-feira (17) a nova taxa básica de juros da economia brasileira. A expectativa predominante entre analistas financeiros indica estabilidade no patamar atual — 15%, o maior desde 2006. A rodada de discussões teve início na terça-feira (16). A nova taxa valerá ao menos pelos próximos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se reunir para discutir novamente a conjuntura econômica nacional. No encontro anterior, o comitê interrompeu o ciclo de sete altas consecutivas iniciado em setembro de 2024. Na última ata, o comitê reforçou que a Selic deveria continuar em patamar elevado já que política monetária seguiria “significativamente contracionista” por “período bastante prolongado”, enquanto as expectativas de inflação permanecem desancoradas. Superquarta no Brasil e nos EUA O anúncio desta quarta-feira ocorre durante a chamada “superquarta” — quando decisões sobre juros são divulgadas simultaneamente por autoridades monetárias do Brasil e dos Estados Unidos. O Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) deve reduzir a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, o primeiro corte de 2025. A instituição, alvo de críticas do presidente Donald Trump, tende a confirmar a pressão do republicano por juros mais baixos — medida que enfraqueceria o dólar e impulsionaria a atividade econômica. Demissão de diretora Neste domingo (14), o norte-americano renovou um pedido de emergência para que um tribunal de apelações dos EUA autorize a demissão de Lisa Cook, diretora do Fed. A defesa de Cook alega falta de fundamentos legais para a demissão e alerta para riscos à economia caso o tribunal acate a solicitação, enquanto o governo sustenta que os argumentos apresentados não têm respaldo jurídico. Projeções do mercado Os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa para a taxa básica de juros em 2025, projetando que a Selic encerre o ano em 15% ao ano, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Para os anos seguintes, houve ajustes pontuais. A previsão para 2026 recuou de 12,50% para 12,38% ao ano, enquanto, para 2027, a expectativa segue em 10,50% ao ano. Segundo a Warren Investimentos, a manutenção da Selic em 15% deve ocorrer devido à desaceleração gradual da atividade, à acomodação dos dados de crédito e à valorização do real frente ao dólar, enquanto ganhos reais de rendimento no mercado de trabalho exercem leve pressão sobre os preços, especialmente em itens sensíveis à demanda. O início do ciclo de cortes é projetado apenas para janeiro de 2026, com redução de 0,25 ponto percentual, mas a trajetória da Selic seguirá dependente das próximas leituras do IPCA, a inflação oficial, e da evolução do mercado de trabalho, fatores que podem prolongar a taxa em patamar elevado. O que é a Selic? A Selic representa o principal instrumento de controle do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Taxas elevadas encarecem o crédito, limitam o consumo e a produção e podem desacelerar o crescimento econômico. Na prática, elevações na Selic aumentam os juros aplicados a financiamentos, empréstimos e cartões de crédito, desestimulando a demanda e contribuindo para a contenção da inflação. Histórico Entre agosto de 2022 e junho de 2023, a Selic permaneceu em 13,75% ao ano. Em seguida, ocorreram seis cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual e outro de 0,25, reduzindo a taxa para 10,5% em maio de 2024. Esse patamar vigorou até setembro do mesmo ano, quando o Copom iniciou uma nova série de elevações, levando os juros para 10,75%. Desde então, houve sete aumentos sucessivos, até atingir os atuais 15% — o nível mais elevado desde 2006. Perguntas e respostas Qual é a expectativa do Copom em relação à taxa de juros nesta quarta-feira? A expectativa é de que o Copom mantenha a taxa de juros em 15%, o maior patamar desde 2006. Quando o Copom se reunirá novamente para discutir a taxa de juros? O Copom se reunirá novamente em 45 dias para discutir a conjuntura econômica nacional. O que foi decidido na reunião anterior do Copom? Na reunião anterior, o comitê interrompeu um ciclo de sete altas consecutivas iniciado em setembro de 2024. Qual é a posição do Copom em relação à política monetária e à inflação? O Copom reforçou que a Selic deve permanecer em um patamar elevado devido a uma política monetária “significativamente contracionista” por um “período bastante prolongado”, enquanto as expectativas de inflação permanecem desancoradas. O que é a “superquarta” e qual a sua importância? A “superquarta” é o dia em que decisões sobre juros são divulgadas simultaneamente por autoridades monetárias do Brasil e dos Estados Unidos, o que pode impactar o mercado financeiro. Qual é a previsão para a taxa de juros nos próximos anos? Os economistas projetam que a Selic encerre 2025 em 15% ao ano. Para 2026, a previsão é de 12,38% ao ano, e para 2027, de 10,50% ao ano. Por que a manutenção da Selic em 15% é considerada necessária? A manutenção da Selic em 15% é considerada necessária devido à desaceleração gradual da atividade econômica, à acomodação dos dados de crédito e à valorização do real frente ao dólar. Quando é projetado o início do ciclo de cortes na taxa de juros? O início do ciclo de cortes na taxa de juros é projetado apenas para janeiro de 2026, com uma redução de 0,25 ponto percentual. Como a Selic afeta a economia? A Selic é o principal instrumento de controle do IPCA e taxas elevadas encarecem o crédito, limitam o consumo e a produção, podendo desacelerar o crescimento econômico. Qual foi a trajetória da Selic nos últimos anos? Entre agosto de 2022 e junho de 2023, a Selic permaneceu em 13,75% ao ano, seguida por cortes que reduziram a taxa para 10,5% em maio de 2024. Desde então, houve sete aumentos sucessivos até atingir os atuais 15%.   Fonte: R7 Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central

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