A previsão de entrega é entre dois e três anos A Prefeitura de Campinas anunciou, na manhã desta quinta-feira, 26 de junho, um pacote de investimentos em infraestrutura urbana de R$ 53 milhões para a região do Campo Grande. Os recursos são provenientes de contrapartidas vinculadas ao novo empreendimento imobiliário Cidade Sete Sóis Dunlop, da MRV, que será implantado na área do Residencial Novo Mundo, com acesso próximo à Avenida John Boyd Dunlop. O novo bairro planejado, que adota conceitos de cidade inteligente (smart city), será um dos maiores projetos da MRV em Campinas, com mais de 230 mil metros quadrados e 2.656 unidades habitacionais, das quais 280 já estão aprovadas e outras 2.376 em análise. A previsão de entrega é entre dois e três anos. O anúncio foi feito pelo prefeito Dário Saadi, na Sala Azul do Paço Municipal, com a presença de secretários e representantes da construtora. Contrapartidas e investimentos previstos Das contrapartidas previstas, R$ 40 milhões serão destinados à execução de obras de infraestrutura, abrangendo áreas como mobilidade urbana, saúde, educação, habitação, drenagem e saneamento. Além disso, 55 unidades habitacionais serão doadas à Cohab (Companhia de Habitação Popular de Campinas), avaliadas em R$ 13 milhões. “Esse pacote representa um avanço importante: o investimento chega junto com o desenvolvimento urbano. As famílias que forem morar nesse novo empreendimento já encontrarão escolas, unidades de saúde, transporte coletivo estruturado e parques lineares ao redor. É um modelo moderno de urbanização, com foco na qualidade de vida”, afirmou o prefeito. Novo modelo urbanístico para o Campo Grande O prefeito destacou ainda a mudança de postura na aprovação de empreendimentos urbanos em Campinas. “No passado, tivemos casos como o Residencial Bassoli, construído em área sem infraestrutura adequada, o que gerou diversos problemas. Isso não acontece mais. Hoje, a Prefeitura exige que os empreendimentos venham acompanhados de toda a infraestrutura necessária”, disse. O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Marcelo Coluccini, também destacou a importância da ação. “Nosso objetivo é garantir que tanto os novos moradores quanto os atuais residentes do Campo Grande tenham acesso a melhores condições de vida. Estamos promovendo um desenvolvimento urbano mais equilibrado e sustentável”. Contrapartidas: habitação popular, saúde e educação Como contrapartida, a MRV fará a doação de 55 moradias para a Cohab, além do fornecimento de materiais de construção para obras de drenagem nos bairros Jardim Maracanã e Vila Progresso. “Hoje é um dia histórico para Campinas. Esse projeto representa inclusão social. Famílias com renda entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil agora podem realizar o sonho da casa própria com qualidade e infraestrutura”, disse o presidente da Cohab, Arly de Lara Romeo. Arly ainda destacou que a antiga fila da Cohab, que chegou a ter 43 mil pessoas, hoje tem pouco mais de 13 mil. “Vamos continuar reduzindo esse número com ações concretas como esta. Graças à legislação moderna e à agilidade implantada na Cohab, por meio da delegação de competências promovida pelo nosso prefeito, conseguimos acelerar processos e entregar soluções habitacionais de qualidade, com infraestrutura e equipamentos sociais”, completou. Ele explicou que para as unidades doadas no empreendimento haverá um chamamento pela Cohab entre as pessoas que já estão cadastradas. Na área da saúde, está prevista a construção de um Centro de Saúde (CS) com capacidade para quatro equipes da Saúde da Família, além da reforma elétrica do Centro de Saúde do Itajaí. O investimento previsto é de R$ 5,8 milhões. O pacote de contrapartidas ainda inclui a entrega dos projetos de duas novas unidades do Ceprocamp, nos bairros Aparecidinha e São Marcos, além do projeto de restauro do Museu da Educação, localizado na Avenida Júlio de Mesquita, na região central de Campinas. Para esses equipamentos, o investimento será de R$ 700 mil. Mobilidade urbana e infraestrutura Em termos de mobilidade urbana, o empreendimento prevê a adaptação do Terminal Itajaí para o prolongamento do corredor BRT Campo Grande e a implantação de um novo terminal de ônibus no canteiro central do Residencial Parque Dunlop, com localização estratégica entre as ruas Manoel Machado Pereira e Edson Luiz Rigonatto. O objetivo é facilitar a conexão entre os moradores do novo bairro e o sistema de transporte público. A infraestrutura interna do Cidade Sete Sóis inclui mais de 11 quilômetros de redes de água, esgoto e drenagem, além de 49 mil metros quadrados de vias pavimentadas com ciclovias, calçadas acessíveis e sinalização moderna. O bairro também contará com um parque linear de quase 15 mil metros quadrados, áreas esportivas, iluminação pública com tecnologia LED, arborização com mais de 3.800 mudas e sistema de vigilância integrado ao Monitora Campinas. Em parceria com a Sanasa, será implantada uma nova rede de abastecimento de água com 1.700 metros de extensão. Além disso, será feita a reversão do esgoto da Estação de Tratamento Capivari I para a Capivari II, o que aumentará a capacidade da rede e permitirá a expansão de novos empreendimentos na região. Todo o processo será acompanhado pelas secretarias de Urbanismo, Saúde, Educação, Habitação e Serviços Públicos, com base em estudos de impacto (EIV-RIV), garantindo que o crescimento ocorra de forma planejada e com qualidade de vida. “Desde a concepção, esse projeto foi pensado com muito cuidado, em parceria com as secretarias da Prefeitura. Campinas é uma cidade estratégica para a MRV, e temos orgulho de contribuir com um projeto tão moderno e inclusivo como o Cidade Sete Sóis”, destacou Fábio Scandar Teixeira, diretor de desenvolvimento da MRV. Bairro planejado inspirado em cidade inteligente Com foco na sustentabilidade, o bairro contará com coleta seletiva de resíduos, wi-fi gratuito em áreas comuns, dispositivos economizadores de água e uma associação de moradores com aplicativo para gestão comunitária. Todo o processo será acompanhado pelas secretarias municipais de Urbanismo, Saúde, Educação, Habitação e Serviços Públicos, com base nos Estudos de Impacto de Vizinhança (EIV-RIV), garantindo que o crescimento urbano ocorra de forma planejada e com qualidade de vida para a população.