O senador se queixou do ex-presidente ficar “trancado” e de que a sala onde Bolsonaro está seria “barulhenta”
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, durante visita a seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, que o tratamento que o condenado está recebendo é “pior que chefe de facção” e que as “ordem aos policiais” é “deixar ele (Bolsonaro) trancado, dentro de uma sala 12×12, na chave, o dia inteiro”.
De acordo com o senador, seu pai sai de onde está preso apenas durante “um período pequeno para fazer uma caminhada”. Além disso, Flávio reclamou que espaço da cela é pequeno para que seu pai se movimente.
“Dá 10 passos para um lado, 10 passos para o outro e já acabou o espaço. É uma pessoa que tem orientação médica para fazer exercício”, defendeu.
Ainda segundo Flávio, que se referiu à sala onde Bolsonaro como “cativeiro”, o local é “barulhento” por supostamente ficar ao lado de uma central de ar-condicionado.
“Uma pessoa idosa, que precisa de cuidados médicos, uma pessoa que todo mundo sabe que tem problemas de saúde e ainda assim é mantido em um lugar como esse, como um cativeiro. Isso é desumano”, relatou.
O liberal contou que seu pai teve refluxo durante a noite e pediu às autoridades, novamente, que concedam prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente, afirmando que seria “o mínimo de humanidade com pessoa honesta e inocente que está sem merecer”. “Não estão dando seriedade necessária para a saúde dele”, alegou o político.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes havia autorizado, na última quinta-feira (27), a visita de Flávio e do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), das 9h às 11h, com duração de até 30 minutos e de forma separada. Em regra, Bolsonaro pode receber visitas apenas às terças e quintas-feiras, com limite de dois familiares por dia.
Nesta quinta-feira (4), o ex-presidente condenado deve receber a filha, Laura Bolsonaro e a esposa Michelle. A decisão, assinada por Moraes no domingo (30), atende a pedido da defesa apresentado após o trânsito em julgado da condenação do ex-presidente, que cumpre pena de 27 anos e 3 meses em regime fechado.
Fonte: R7
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado











