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Sob sanções dos EUA, Brasil exclui americanos de fórum internacional sobre democracia em Nova York

Lula embarca neste domingo (21) para Nova York

 O Brasil decidiu não convidar os Estados Unidos para a segunda edição do evento “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, que será realizado na próxima quarta-feira (24), em Nova York, paralelo à Assembleia Geral da ONU. A decisão ocorre em meio ao agravamento das tensões diplomáticas entre Brasília e Washington.

 O encontro é articulado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em parceria com os presidentes Gabriel Boric (Chile), Pedro Sánchez (Espanha), Gustavo Petro (Colômbia) e Yamandú Orsi (Uruguai). A expectativa é reunir representantes de cerca de 30 países.

 Na primeira edição do fórum, no ano passado, os EUA participaram com um representante do Departamento de Estado. Desta vez, porém, a presença americana foi descartada. Segundo fontes do governo brasileiro, seria uma “incoerência” incluir Washington em um debate sobre defesa da democracia e combate ao extremismo, diante de recentes ações e declarações do governo norte-americano.

 As críticas se intensificaram após declarações do secretário de Estado, Marco Rubio, que anunciou novas sanções contra o Brasil em razão da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. O governo Trump já havia imposto sobretaxas a produtos brasileiros, cancelado vistos de autoridades e sancionado o ministro Alexandre de Moraes (STF) com base na Lei Magnitsky.

 O Palácio do Planalto avalia que os ataques de autoridades americanas ao sistema eleitoral e ao Judiciário brasileiro fragilizam o discurso de defesa da democracia, eixo central do evento.

Agenda internacional

 Lula embarca neste domingo (21) para Nova York. Na terça-feira (23), ele fará a abertura oficial da Assembleia Geral da ONU. Na quarta (24), pela manhã, participa do fórum sobre democracia, que pretende articular compromissos internacionais no enfrentamento à desinformação, ao discurso de ódio e às desigualdades sociais. (Renan Isaltino)

Fonte: Agência Brasil

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