Entraram em funcionamento 21 câmeras de monitoramento sendo 13 câmeras tecnológicas no modelo vídeo estática (SVC) e oito câmeras Speed Dome. Os equipamentos, de alta resolução, estão espalhados por vários pontos da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Mata de Santa Genebra, em Campinas (SP), administrada pela Fundação José Pedro de Oliveira (FJPO), e vão compor o sistema de monitoramento de proteção da Mata para situações de incêndios, descarte irregular de resíduos. O sistema de segurança da Mata será integrado com a Central de Operações da Guarda Municipal (GM).
As câmeras speed dome estão instaladas em postes de 18 metros de altura e são equipamentos que possuem zoom óptico, se movimentam por 360° e podem ser controladas de forma remota por meio de uma central de videomonitoramento ou um vigia. Já o modelo vídeo estática (SVC) é um tipo de câmera eletrônica que tira fotos estáticas e as armazena como quadros únicos de vídeo. Com a implementação desse sistema de monitoramento, a ARIE Mata de Santa Genebra se torna um exemplo de como a tecnologia pode ser utilizada para preservar o meio ambiente e garantir a segurança das áreas de preservação natural.
Para o presidente da FJPO, Rogério Menezes, os investimentos na modernização por meio da instalação de câmeras de vídeo em toda a Mata de Santa Genebra e também do monitoramento dessas imagens, elevam o nível de proteção da floresta, que é um patrimônio da nossa cidade.
De acordo com a bióloga Laís Santos de Assis, responsável pela área, o sistema de câmeras foi implementado na unidade de conservação em 2016, porém estava desativado desde 2021. “O sistema foi reativado, passando ainda por uma ampliação e modernização, aumentando o monitoramento e proteção da ARIE Mata de Santa Genebra”, afirma a bióloga.
A gestão da Fundação José Pedro de Oliveira e Comando da Guarda Municipal estão em tratativas para integração do sistema de segurança da ARIE Mata de Santa Genebra com a Central de Operações da GM, além de intensificação das rondas no entorno da reserva.
Ação preventiva contra incêndio
A Gestão da FJPO tem atuado de forma a se preparar para o período seco em que aumenta em muito o risco de incêndios na Mata.
A diretoria da Fundação esteve reunida em março com o comando do 7º Grupamento dos Bombeiros, com a Polícia Ambiental e com o Comando da Guarda Municipal de Campinas, com foco no combate à soltura de balões e outras estratégias e alinhamento de ação conjunta com o objetivo de proteção da Mata, uma das principais áreas de preservação ambiental de Campinas, nos próximos meses de estiagem.
Além disso, a Fundação José Pedro de Oliveira, que administra a Mata de Santa Genebra, integra a Operação Estiagem sob a coordenação da Defesa Civil de Campinas.
A FJPO integra a Operação Estiagem que é coordenada pela Defesa Civil de Campinas com a participação de diversos órgãos da Prefeitura de Campinas.
Sobre a Mata de Santa Genebra
A Mata de Santa Genebra ocupa uma área de 251,77 hectares , o equivalente a 300 campos de futebol, é o maior fragmento florestal da Região Metropolitana de Campinas, e abriga uma grande diversidade de animais. A Mata de Santa Genbra é uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE). Sua gestão é compartilhada entre a Fundação José Pedro de Oliveira e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio).
Somente do grupo de vertebrados são 365 espécies, sendo 38 de répteis, 20 de anfíbios, 247 de aves, 56 de mamíferos e 4 de peixes. Quanto aos invertebrados (insetos, moluscos, aracnídeos, etc.) não há um valor definido, o grupo de invertebrados mais conhecido de Mata é o das borboletas, com 700 espécies identificadas.
Dentre os animais já identificados na Mata há alguns que estão na lista de espécies ameaçadas, como a onça-parda (Puma concolor), o gato-do-mato-do-sul (leopardos guttulus) e a jaguatirica (Leopardus pardalis). Outras espécies, como o bugio-ruivo (Alouatta guariba), o macaco-prego (Sapajus nigritus) e diversas aves estão na lista de quase ameaçadas.
Foto: Prefeitura de Campinas