Na tarde desta quinta-feira (23), o SINDSEL participou da primeira mesa de reunião da Comissão da Sociedade Civil, criada pelo prefeito Murilo Felix com o objetivo de analisar as contas públicas do município. Durante o encontro, o sindicato protocolou um ofício com uma série de questionamentos essenciais para garantir a transparência na gestão pública e acompanhar de perto as finanças da administração municipal.
A Comissão da Sociedade Civil é presidida por Rogério Delmondi e conta com a participação de membros da sociedade civil de diversos segmentos, além de observadores do Poder Legislativo, incluindo os vereadores Wagner de Souza Rodrigues Costa, Mara Isa Mattos Silveira e Guilherme Guido.
No lugar da presidente Nicinha Lopes, representando o SINDSEL, estiveram Giselle Tomaz, diretora da entidade, e Diego Gonçalves, assessor do sindicato.
Foi protocolado um ofício com questionamentos sobre diversos aspectos financeiros da administração municipal. Entre os temas abordados, destacam-se a relação de ordem cronológica dos pagamentos de 2025, o boletim de caixa do dia 30 de dezembro de 2024, e um arquivo digital com as exonerações dos cargos comissionados e as revogações das funções gratificadas da gestão anterior. Também foi solicitado informações detalhadas sobre os pagamentos realizados no mês de janeiro de 2025, cópias dos contratos da dívida fundada, e uma relação dos fornecedores vencidos e não pagos até 31 de dezembro de 2024.
Além disso, foram questionados: o valor projetado de arrecadação até 30 de abril de 2025, o total da dívida flutuante e fundada em 31 de dezembro de 2024, e o valor total da dívida de precatórios, com informações sobre as parcelas atrasadas, além de dados sobre as rescisões dos comissionados, a economia mensal gerada pelas exonerações e revogações dos 469 cargos, e os contratos cancelados, revisados ou renegociados conforme a Portaria 513 de 14 de janeiro. Outros questionamentos incluíram os boletins de caixa de janeiro e dezembro de 2024 e valor dos restos a pagar processados e não processados.
“As informações solicitadas são fundamentais tanto para a negociação da valorização dos servidores quanto para contribuir com uma gestão mais eficiente dos recursos públicos. Além disso, permitem que o sindicato emita opiniões de forma responsável com base nos dados apresentados”, acrescenta Nicinha Lopes, presidente do SINDSEL.
Durante a reunião, foram apresentados dados sobre notas fiscais da gestão Botion que não haviam sido lançadas desde agosto de 2024, sendo inseridas no sistema apenas no final de dezembro. Também foram citados débitos programados pelo último governo para 2 de janeiro de 2025, incluindo as rescisões dos ex-secretários e o pagamento à empresa Forty.
Um dos destaques foi a dívida confessada da Prefeitura junto ao IPML, que chegou a quase R$ 43 milhões na gestão de 2013 a 2016, e alcançou R$ 154 milhões entre 2017 e 2024. Diante da situação financeira apresentada, também foi informado que as competências 12 e 13 serão parceladas.
Foto: SINDSEL