Equipes de quatro centros de saúde (CSs) de Campinas realizam nova ação especial de vacinação contra a febre amarela de casa em casa neste sábado (1º).
Os moradores contemplados pela imunização domiciliar são residentes principalmente de bairros localizados em áreas rurais, com mata ou periurbanas, onde há maior risco de transmissão do vírus. As doses continuam disponíveis nas 68 unidades básicas.
Programação deste sábado
CS Esmeraldina: das 8h às 17h – Chácaras Aveiros
CS DIC 1: das 8h às 12h – Parque Universitário de Viracopos
CS Figueira: das 8h30 às 13h – Condomínio Água Doce
CS São Domingos: das 8h às 17h – Área rural, limite com Vinhedo/região da Cidade dos Meninos
Salas em CSs
As salas de aplicação da dose funcionam conforme horário de cada centro de saúde. Os endereços e contatos estão no site: vacina.campinas.sp.gov.br
Reforço em ações e contexto
A medida de reforço na vacinação contra a febre amarela para residentes em áreas de risco e viajantes foi alinhada pela Saúde junto ao Estado e começou logo após casos confirmados da doença em cidades próximas localizadas em São Paulo e Minas Gerais.
A secretaria mantém em dias úteis ações de vacinação de casa em casa com equipes de 26 CSs: Carlos Gomes, Jardim San Diego, Vila 31 de Março, Taquaral, Joaquim Egídio, Sousas, União dos Bairros, São Cristóvão, Parque Floresta, Village, Santa Rosa, Barão Geraldo, Jardim Eulina, Jardim Santa Mônica, Parque Santa Bárbara, Jardim Paranapanema, Vila Orosimbo Maia, Vila Ipê, Jardim Esmeraldina, Jardim São Vicente, Jardim São Domingos, Jardim Nova América, Parque da Figueira, Carvalho de Moura, Campina Grande e Jardim São Cristóvão. Foram aplicadas 3.945 doses no intervalo de 5 a 22 de fevereiro.
Campinas registra dois casos confirmados de febre amarela em residentes. O primeiro caso é de um homem que morava na área rural de Sousas e teve desfecho óbito, e o outro é de um homem que frequenta o distrito para atividades recreativas e evoluiu para cura.
Além disso, foram encontrados dois macacos mortos que testaram positivo para a doença, na área de mata em Sousas e no Carlos Gomes. Este animal não é transmissor, mas, sim, vítima. A presença de primatas doentes serve como “alerta” aos órgãos da saúde sobre a circulação do vírus, uma vez que quando contaminados eles dificilmente sobrevivem.
A doença
A forma da doença que ocorre no Brasil é a febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora dos centros urbanos. É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de cabeça, náuseas e leva a sangramentos no fígado, no cérebro e nos rins, podendo, em muitos casos, causar a morte.
Vacinação ampliada
A orientação do Programa de Imunização é para que todos os moradores de Campinas, a partir de 9 meses, que ainda não receberam a dose, compareçam aos CSs para aplicação. Vale destacar, porém, que a vacinação é seletiva, ou seja, as pessoas a partir de 5 anos que já tomaram uma dose ao longo da vida não precisam receber outra.
Quem tiver dúvidas sobre já ter recebido ou não o imunizante deve procurar uma unidade básica.
A ampliação da vacinação vale para os seguintes grupos em áreas de risco:
- Crianças de 6 a 8 meses: recebem uma dose durante a ação. Os responsáveis serão orientados para garantirem a vacinação completa, sendo: uma dose aos 9 meses e uma dose de reforço aos 4 anos.
- Pessoas com 60 anos ou mais: a vacinação será realizada dependendo da avaliação do risco relacionado às comorbidades, doenças autoimunes, tratamentos específicos ou uso contínuo de medicamentos que contraindiquem a aplicação da vacina febre amarela nessa faixa etária.
- Gestantes e mulheres que estejam amamentando crianças com até 6 meses: são orientadas a suspender a amamentação por dez dias após a vacinação e recebem as recomendações para extração e armazenamento do leite materno antes da vacinação. Dessa forma o aleitamento neste período pode ser garantido.
“Moradores das áreas urbanas que visitam ou frequentam áreas de floresta, mata fechada, borda de mata e região rural devem receber uma dose dentro dos critérios de ampliação de vacinação”, explicou a enfermeira Cíntia Bastos, do Programa de Imunização de Campinas.
Antes desta medida, o esquema de rotina já ocorria da seguinte forma:
- Crianças: 1 dose com 9 meses e 1 dose de reforço aos 4 anos.
- A partir de 5 anos, adolescentes e adultos: uma dose. Quem não tiver comprovante ou certeza de que já recebeu o imunizante, e se não houver registro em sistema do SUS Municipal, deve receber nova vacina.
Foto: Prefeitura de Campinas