Nesta terça-feira (15), o Portal Veloz, parceiro do R7, esteve na Câmara de Limeira para entrevistar a vereadora Bruna Magalhães (PRTB) sobre o atendimento prestado pelo Hospital Humanitária e a recente repercussão envolvendo a unidade. Durante a conversa, nossa equipe questionou a vereadora sobre as respostas obtidas após uma fiscalização realizada no local e quais medidas estão sendo tomadas para melhorar o atendimento à população que depende desse serviço público. O caso também já repercute entre os outros parlamentares da Casa.
No dia 13 de junho, após a veiculação de reclamações sobre a demora no atendimento no pronto-socorro da unidade, a direção do hospital, por meio de uma supervisora de enfermagem, informou à nossa equipe que todas as condutas médicas adotadas seguiram os protocolos estabelecidos pelo Sistema de Classificação de Risco. Segundo o relato de um dos pacientes que fez a denúncia ao Portal Veloz, a espera por atendimento já ultrapassava três horas. De acordo com o comunicado do hospital, os pacientes foram acolhidos e classificados conforme critérios clínicos, respeitando o tempo de espera compatível com a gravidade de cada caso. Apesar da nota, nossa equipe acompanhou de perto a situação no local naquela data e conversou com alguns pacientes e acompanhantes que aguardavam atendimento.
Depois, em 17 de junho, a direção do Hospital Humanitária enviou nota oficial ao Portal Veloz em resposta às denúncias. O documento, assinado pelo coordenador médico do Pronto-Socorro Adulto, Dr. Marco Antonio Dalfre Filho (CRM/SP 120535), afirma que o tempo médio de espera registrado naquela noite foi inferior a 60 minutos, mesmo para pacientes classificados como de menor urgência. O médico destacou ainda que o aumento na procura por atendimentos neste período do ano se deve à maior incidência de doenças respiratórias e outras emergências sazonais.
O coordenador explicou que o pronto-socorro segue a classificação de risco estabelecida pelo Ministério da Saúde, que define prazos máximos para atendimento conforme cinco cores: vermelho (emergência – imediato), laranja (muito urgente – até 10 minutos), amarelo (urgente – até 60 minutos), verde (pouco urgente – até 120 minutos) e azul (não urgente – até 240 minutos). Apesar do pico de demanda registrado entre 16h e 19h do dia 13 — com a abertura de 35 fichas e o atendimento simultâneo a três casos graves —, a instituição afirmou que, embora a espera tenha chegado a três horas em alguns casos classificados como “azul”, o tempo se manteve dentro dos limites estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Em 23 de junho, a vereadora Bruna apresentou o Requerimento nº 392/2025, solicitando informações sobre os serviços prestados pela Sociedade Operária Humanitária. No documento, ela questiona como é realizada a fiscalização do contrato entre a Prefeitura Municipal e o hospital, além do valor repassado pelo Poder Executivo entre os anos de 2020 e 2024. Bruna ressaltou que, no dia 21 de junho, recebeu uma denúncia sobre a demora no atendimento e, ao se deslocar até a unidade, presenciou situações gravíssimas, como pessoas idosas aguardando por mais de cinco horas para serem atendidas. Na ocasião, constatou que apenas um médico estava de plantão, embora o contrato previsse a presença de dois profissionais para o atendimento ao público.
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Foto: Portal Veloz