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Morre Edson Café, ex-integrante do Raça Negra, aos 75 anos em São Paulo

Músico foi encontrado desacordado em via pública na zona leste da capital; ele enfrentava dependência química e vivia em situação de rua

 O músico Edson Aparecido da Silva, mais conhecido como Edson Café, ex-integrante do grupo Raça Negra, faleceu nesta quinta-feira (05) aos 75 anos, em um hospital da cidade de São Paulo. Segundo as primeiras informações, Café foi encontrado desacordado em uma rua da zona leste da capital paulista e, apesar de ter sido socorrido, não resistiu.

 Edson Café foi um dos músicos que marcaram o início do grupo Raça Negra, sendo violonista durante o auge da banda nos anos 1990, período em que o grupo se consolidou como um dos maiores nomes do samba e pagode romântico no Brasil. Com seu talento musical, ele participou da construção de arranjos e acompanhamentos que embalaram gerações com sucessos como “Cheia de Manias” e “É Tarde Demais”.

 No entanto, a trajetória do músico foi marcada por dificuldades após deixar os palcos. Café sofreu um derrame cerebral, que o deixou com paralisia nos braços e o afastou da música de forma definitiva. Após esse episódio de saúde, ele teria passado a fazer uso de crack e maconha, iniciando um longo período de dependência química.

 Sem condições de se sustentar como músico, Edson Café acabou vivendo em situação de rua por mais de 10 anos, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, onde sobreviveu trabalhando como guardador de carros. Sua condição comoveu fãs e pessoas ligadas ao cenário musical, que por vezes tentaram ajudá-lo a se reerguer.

 A morte de Edson Café reacende o debate sobre o abandono e as dificuldades enfrentadas por artistas que marcaram época, mas que, longe dos holofotes, enfrentam problemas de saúde, dependência e exclusão social.

 Até o momento, não há informações sobre velório e sepultamento. Familiares e ex-colegas de banda ainda não se pronunciaram oficialmente. (Renan Isaltino)

Foto: reprodução RECORD

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