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Ministro do Turismo, Celso Sabino, pede demissão após determinação do União Brasil para saída do governo

Com a saída de Celso Sabino, já são 11 trocas ministeriais no governo Lula desde janeiro de 2023

 O ministro do Turismo, Celso Sabino, entregou nesta sexta-feira (19) sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, oficializando sua saída do governo. A decisão foi tomada após o União Brasil, partido do qual Sabino faz parte, determinar que todos os filiados deixassem a gestão petista no prazo de 24 horas.

 A saída foi comunicada pessoalmente durante reunião com Lula no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Sabino estava à frente do Ministério do Turismo desde julho de 2023, quando substituiu Daniela Carneiro.

 A resolução partidária, aprovada na quinta-feira (18), reforçou o rompimento da federação União-PP com a base do governo. O texto prevê punições por infidelidade partidária caso a determinação não fosse cumprida.

 Além de Sabino, outros dois ministros têm ligação com o União Brasil: Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), filiado ao PDT, mas indicado pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), e Frederico de Siqueira (Comunicações), sem filiação formal ao partido, mas também apresentado ao governo por Alcolumbre. Ambos, no entanto, confirmaram que permanecerão nos cargos.

O 11º a deixar o governo

 Com a saída de Celso Sabino, já são 11 trocas ministeriais no governo Lula desde janeiro de 2023. A primeira ocorreu em abril daquele ano, quando Gonçalves Dias pediu demissão do GSI após imagens mostrarem sua presença no Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

 Em julho de 2023, Daniela Carneiro deixou justamente o Ministério do Turismo, dando lugar a Sabino. Dois meses depois, Lula demitiu Ana Moser do Esporte, entregando a pasta ao PP, em movimento para ampliar espaço ao centrão.

 Outras mudanças de destaque ocorreram com a ida de Flávio Dino para o STF, em fevereiro de 2024, substituído por Ricardo Lewandowski; a demissão de Sílvio Almeida (Direitos Humanos) em setembro de 2024, após denúncias de assédio; e a saída de Paulo Pimenta da Secom em janeiro de 2025, após críticas de Lula à comunicação do governo.

 Em fevereiro deste ano, Nísia Trindade deixou o Ministério da Saúde, substituída por Alexandre Padilha, e a articulação política passou a ser conduzida por Gleisi Hoffmann. Já em maio, duas baixas marcaram a Esplanada: Carlos Lupi, da Previdência Social, após escândalo de fraudes no INSS, e Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres, substituída por Márcia Lopes.

Próximos passos

 Celso Sabino ainda não confirmou se retornará ao mandato de deputado federal, mas aliados afirmam que ele deverá reassumir cadeira na Câmara. No governo, Lula precisará agora definir o novo titular do Turismo em meio ao cenário de instabilidade política gerado pelo afastamento de parte do União Brasil da sua base de apoio. (Renan Isaltino)

Fonte e Foto: R7

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