Os afastamentos por motivos de saúde mental entre servidores da educação em Limeira cresceram mais de 20% em 2024, em comparação com o ano anterior. É o que apontam os dados fornecidos pela Divisão de Medicina Ocupacional e Segurança do Trabalho da Prefeitura, em resposta ao Requerimento Nº 294/2025, apresentado pela vereadora Mariana Calsa (MDB), e recebida na última sexta-feira, 13 de junho.
De acordo com o levantamento, foram registrados 782 afastamentos no ano passado. Em 2023, o total foi de 647. Conforme a vereadora após analisar o documento, os profissionais mais impactados continuam sendo os monitores, com 246 casos (222 em 2023), e os auxiliares de serviços gerais, com 127 (ante 109 no ano passado). Professores do ensino fundamental e infantil também aparecem com números relevantes: 65 afastamentos em cada categoria neste ano — os mesmos 65 no fundamental e 42 no infantil em 2023.
“Essa é uma questão que nos preocupa muito. Isso afeta não só os profissionais afastados, mas também todo o ambiente escolar. A sobrecarga recai sobre os colegas que permanecem, o que também compromete o funcionamento das unidades e a qualidade do serviço prestado à comunidade. Esses números são alarmantes e reforçam a urgência da implementação de políticas públicas voltadas à saúde mental dos trabalhadores da educação. Precisamos de ações concretas, estruturadas e contínuas para enfrentar esse cenário”, declarou Mariana.
Ainda segundo o documento, a Prefeitura planeja ampliar os exames periódicos a outros profissionais da educação, começando pelos merendeiros escolares. Está prevista também a implantação de uma gestão psicossocial voltada à saúde e segurança no trabalho. “As ações iniciadas em 2023 terão continuidade, com a busca por novas estratégias em parceria com a equipe da educação, incluindo palestras, treinamentos e ações em rede para alcançar mais servidores”, apontou a Divisão de Medicina Ocupacional e Segurança do Trabalho da Prefeitura.