Doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti preocupa autoridades; cidade monitora outros 10 casos suspeitos
A cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, registrou o primeiro caso confirmado de chikungunya neste ano. A informação foi divulgada pela Prefeitura nesta sexta-feira (27). Segundo a Vigilância Epidemiológica do município, a paciente é uma mulher de 66 anos que contraiu o vírus durante uma viagem ao estado do Mato Grosso.
O diagnóstico foi confirmado em 16 de junho, e a cidade agora acompanha outros 10 casos suspeitos da doença, conforme o boletim epidemiológico mais recente.
Transmissão e sintomas
Causada por um vírus transmitido pelas fêmeas do mosquito Aedes aegypti — o mesmo responsável pela dengue e pela zika — a chikungunya é uma arbovirose que pode provocar febre alta e fortes dores articulares, sintomas que frequentemente debilitam os pacientes por longos períodos. O nome da doença, originário da língua africana makonde, significa “aquele que se dobra”, em alusão à postura encurvada de quem sofre com as dores intensas.
A Secretaria de Estado da Saúde alerta que qualquer pessoa que apresentar febre acompanhada de dores articulares, inchaços, manchas na pele, coceira, dor de cabeça ou outros sintomas como vômitos, conjuntivite e dores nas costas, deve procurar atendimento médico imediato para diagnóstico e tratamento adequados.
Histórico no país e vacina
A chikungunya foi detectada pela primeira vez no Brasil em 2014, com registros iniciais nos estados do Amapá e da Bahia. Desde então, o vírus se espalhou por todo o território nacional, com surtos ocasionais que desafiam a saúde pública.
No entanto, um avanço significativo no combate à doença foi registrado em abril deste ano. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a primeira vacina contra a chikungunya no Brasil, o que representa uma esperança concreta para o controle e possível erradicação da doença nos próximos anos.
Prevenção segue sendo essencial
Apesar da chegada da vacina, a principal forma de combate à chikungunya ainda é a prevenção da proliferação do mosquito Aedes aegypti. A população deve redobrar os cuidados com recipientes que acumulam água parada — ambiente propício para a reprodução do inseto — além de manter calhas limpas, caixas-d’água tampadas e vasos de plantas sem pratos.
As autoridades de saúde de Jundiaí reforçam a importância da colaboração da comunidade no combate ao mosquito e seguem monitorando atentamente os casos suspeitos da doença. (Renan Isaltino)
Foto: divulgação governo de SP