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Irã x Israel: conflito tem novos ataques e contabiliza saldo de quase 250 mortos

O conflito entre Irã e Israel chegou ao quarto dia nesta segunda-feira (16) e viverá a sua primeira semana cheia. Novos ataques iranianos foram feitos hoje e deixaram 11 mortos em solo Israelense. O saldo de fatalidades nas últimas 96 horas já está em 248: 224 em Teerã e 24 em diversas localidades de Israel.

O dia também começou com um “esclarecimento” do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz. Segundo ele, o exército do país não tem a intenção de matar civis iranianos. Katz, porém, afirmou que talvez a população tenha de pagar por conta dos bombardeios feitos nesta segunda.

“Eu gostaria de esclarecer algo que deveria ser óbvio. Não há intenção de ferir os moradores de Teerã, ao contrário do que o ditador assassino (do Irã) está fazendo com os cidadão de Israel”, escreveu no seu perfil na plataforma X.

Em Tel Aviv, imagens da AFPTV mostraram edifícios destruídos, onde os bombeiros procuravam possíveis sobreviventes. Os projéteis também atingiram Petah-Tikva, Bnei-Brak, perto de Tel Aviv, e Haifa, no norte do país. A Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irã, celebrou o “sucesso” dos ataques e anunciou que prosseguirá com “operações eficazes e mais devastadoras contra alvos vitais israelenses”.

Os bombardeios também atingiram o edifício dos bombeiros do município de Musiyan e um hospital em Kermanshah, segundo a agência Tasnim. A Força Aérea israelense atacou centros de comando em Teerã das Forças Quds, o braço da Guarda Revolucionária iraniana responsável por operações no exterior, segundo o Exército. Os disparos destruíram “um terço” dos lançadores de mísseis terra-terra iranianos, indicou um porta-voz das Forças Armadas israelenses.

Grande Bazar de Teerã permanece fechado

Com a intensificação do conflito, o presidente iraniano, Masud Pezeshkian, fez um apelo à unidade do país. “Qualquer divergência, assunto e problema que tenha existido deve ser deixado de lado hoje. Devemos permanecer firmes contra esta agressão criminosa genocida com unidade e coerência”, declarou ao Parlamento.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliado de Israel, fez um apelo no domingo para que os dois países alcancem um “acordo”, mas poucas horas depois deu a entender que talvez precisem “lutar” primeiro. O embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, declarou que um edifício da representação diplomática em Tel Aviv sofreu danos leves nos ataques iranianos.

Um funcionário de alto escalão do governo americano declarou no domingo à AFP que Trump se opôs a um plano israelense para assassinar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. “Descobrimos que os israelenses planejavam atacar o líder supremo do Irã. O presidente Trump se opôs e dissemos aos israelenses que não fizessem”, disse a fonte, que pediu anonimato.

Em Teerã, o Grande Bazar, o maior mercado da capital, permanecia fechado nesta segunda-feira. As ruas também estavam desertas, enquanto longas filas de veículos tentavam deixar a cidade. “Não conseguimos dormir desde sexta-feira devido ao barulho terrível das explosões. Hoje, atingiram uma casa na nossa rua e ficamos muito assustados. Decidimos sair de Teerã”, contou Farzaneh, uma dona de casa de 56 anos.

Em Petah Tikva, perto de Tel Aviv, Henn disse que correu para um abrigo quando ouviu as sirenes. “Alguns minutos depois, ouvimos uma explosão e, quando saímos, vimos os danos, todas as casas destruídas”, relatou.

 

Fonte: R7

Foto: John Wessels / AFP

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