A ação ocorreu em cumprimento a um mandado de busca e apreensão
A Polícia Civil de Limeira prendeu em flagrante, na manhã desta quarta-feira (06), um jovem, de 26 anos, suspeito de armazenar grande quantidade de material relacionado à pornografia infantil. A ação ocorreu em cumprimento a um mandado de busca e apreensão expedido pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Limeira.
A operação foi conduzida por policiais civis da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), que se dirigiram à residência do investigado, localizada na Rua Vicente Cosenza, em Iracemápolis. No local, os agentes foram recebidos pelo irmão do suspeito, que franqueou a entrada da equipe.
Celular escondido e conteúdo sensível
Durante a abordagem, o suspeito foi encontrado em um dos quartos da casa. Ao ser questionado sobre a existência de um celular, negou inicialmente possuir o aparelho, mas acabou confessando que o dispositivo estava escondido sob o colchão. O celular, da marca Infinix, foi apreendido.
Mesmo diante da suspeita, ele se recusou a fornecer a senha do aparelho. Contudo, os policiais conseguiram desbloqueá-lo utilizando a data de nascimento do suspeito (07/05/1999). Em uma análise preliminar, os agentes encontraram vídeos e imagens explícitas envolvendo crianças e adolescentes, o que confirmou a suspeita de armazenamento de pornografia infantil. Além do celular, a equipe policial também apreendeu:
9 pendrives (com capacidades variadas, de 2GB a 1TB);
3 HDs externos (todos com 500GB de capacidade);
1 cartão microSD de 2GB;
1 computador de mesa (CPU marca Aigo, cor preta).
Os dispositivos foram lacrados e encaminhados para análise pericial. De acordo com o boletim, as primeiras análises nos pendrives e no computador não revelaram conteúdo ilícito. No entanto, o celular continha diversos arquivos armazenados em nuvem, acessados por meio de contas Google associadas ao suspeito.
Diante do flagrante, o jovem de 26 anos foi preso e levado ao pronto-socorro da Santa Casa de Limeira para exame de corpo de delito. Em seguida, foi conduzido à delegacia especializada e, posteriormente, transferido ao setor de custódia da cidade de Araras, onde permanecerá à disposição da Justiça.
A Polícia Civil elaborou um relatório de investigação detalhado (nº 215/2025), que embasa o inquérito e será encaminhado ao Ministério Público. A investigação busca apurar se o material foi apenas armazenado ou também compartilhado — o que configuraria crime ainda mais grave.
O suspeito foi autuado com base no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que trata da posse ou armazenamento de pornografia infantil. A pena prevista é de reclusão de 1 a 4 anos, podendo ser agravada em caso de comprovação de compartilhamento.
O delegado de polícia, Dr Leonardo Burguer, reforça que o combate à pedofilia e à pornografia infantil é prioridade e destaca a importância de denúncias anônimas para identificar e responsabilizar os envolvidos nesse tipo de crime. (Renan Isaltino)
Foto: divulgação Polícia Civil