Novo valor representa aumento de 6,79% e começa a ser pago em fevereiro; impacto nas contas públicas pode chegar a R$ 43,5 bilhões
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou nesta quarta-feira (24) o reajuste do salário mínimo para R$ 1.621, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União. O novo valor passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2026, com pagamento aos trabalhadores a partir de fevereiro.
O reajuste representa uma alta de 6,79%, equivalente a R$ 103 em comparação ao salário mínimo atual, que é de R$ 1.518. Com o novo piso, o valor mínimo da diária de trabalho passa a ser de R$ 54,04, enquanto o valor da hora trabalhada sobe para R$ 7,37.
Os valores já haviam sido confirmados anteriormente pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, mas a oficialização ocorreu somente nesta quarta-feira com a publicação do decreto.
O cálculo do novo salário mínimo leva em consideração a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulada em 12 meses até novembro, que registrou alta de 4,18%. Além da inflação, a regra atual também prevê o acréscimo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores — neste caso, o desempenho da economia em 2024, que avançou 3,4%.
O reajuste impacta diretamente benefícios vinculados ao salário mínimo, como aposentadorias e pensões do INSS, seguro-desemprego, abono salarial e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), ampliando o gasto público.
Segundo estimativas do governo federal, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo gera um impacto de aproximadamente R$ 422,5 milhões nas despesas obrigatórias. Com o reajuste de R$ 103, o impacto total pode chegar a cerca de R$ 43,5 bilhões em 2026. (Renan Isaltino)
Fonte: Agência Brasil
Foto: R7











