Reunião anual do núcleo definiu metas para enfrentar escassez de água, mudanças climáticas, saneamento e ordenamento territorial na região
O Núcleo PCJ-Piracicaba do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA) definiu que o combate à crise hídrica será uma das prioridades para 2026. A decisão foi tomada durante a reunião anual do grupo, realizada de forma virtual nesta quarta-feira (10), que também avaliou os desafios enfrentados em 2025, como impactos das mudanças climáticas, incêndios florestais e avanços no saneamento básico.
Conduzido pelos promotores Alexandra Facciolli Martins e Ivan Carneiro, o encontro discutiu a deterioração da qualidade da água nos rios Piracicaba e Corumbataí, a necessidade da transição para a economia circular e a importância da coleta seletiva, logística reversa e inclusão das cooperativas de catadores.
Participaram cerca de 150 representantes de órgãos públicos, universidades, entidades ambientais e sociedade civil. Entre as ações previstas para 2026 estão o ordenamento territorial, a regularização fundiária e o combate a núcleos urbanos informais em zonas rurais, que prejudicam o uso agrícola e causam contaminação e erosão em áreas como Piracicaba e Limeira.
O encontro também destacou o projeto Geopark Corumbataí, que envolve nove municípios e é considerado estratégico para o desenvolvimento socioambiental e o turismo sustentável da região. O projeto está em fase avançada e deve ser encaminhado à UNESCO em 2027.
Segundo o GAEMA, os desafios de 2026 exigirão planejamento, gestão de risco e fortalecimento da governança regional, incluindo a criação de um consórcio intermunicipal para gestão de resíduos e outras questões ambientais.
O GAEMA PCJ-Piracicaba abrange os municípios de Águas de São Pedro, Americana, Analândia, Capivari, Charqueada, Cordeirópolis, Corumbataí, Ipeúna, Iracemápolis, Itirapina, Limeira, Mombuca, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara d’Oeste, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra e São Pedro. Além disso, conta com a participação de órgãos estaduais, comitês de bacias, universidades, cooperativas de catadores e representantes da sociedade civil.
Foto: Profill-Rhama











