Com a posse, Fachin assume a missão de presidir a mais alta Corte do país em um cenário de intensas divisões políticas e sociais
O ministro Luiz Edson Fachin tomou posse, nesta segunda-feira (29), como novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele sucede Luís Roberto Barroso e ficará à frente da Corte até 2027. A vice-presidência será ocupada pelo ministro Alexandre de Moraes. Além do Supremo, os dois também conduzirão os trabalhos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Discurso de transição
Na cerimônia, o ex-presidente Barroso ressaltou o perfil discreto e técnico do colega e disse que a nova gestão chega em um momento de tensões no país:
“Fachin assume o Supremo com um mundo dividido que precisa muito da sua integridade, da sua capacidade intelectual e das suas virtudes pessoais. É uma bênção para o país, neste momento, ter essa pessoa conduzindo o Supremo com o encargo de manter as luzes acesas em que, de vez em quando, aparece escuridão”, afirmou.
Perfil e trajetória
Indicado ao STF em junho de 2015 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), Fachin se destacou pelo estilo reservado e pela postura de evitar embates políticos diretos. No Supremo, relatou processos de grande repercussão nacional, inclusive relacionados à Operação Lava Jato.
Primeiros atos
Entre os primeiros movimentos de sua gestão, Fachin pautou para julgamento a ação que discute o vínculo trabalhista entre motoristas e entregadores de aplicativos e as plataformas digitais, processo conhecido como “uberização”. O tema é considerado um dos mais sensíveis da atualidade, por envolver milhões de trabalhadores e empresas de tecnologia.
Com a posse, Fachin assume a missão de presidir a mais alta Corte do país em um cenário de intensas divisões políticas e sociais, além de temas que impactam diretamente a economia digital e o mundo do trabalho. (Renan Isaltino)
Fonte: Agência Brasil
Foto: R7