Também chama a atenção o número de itens que são furtados dos banheiros das unidades
Entre junho de 2024 e junho de 2025 foram extraviados 14.071 itens das unidades de atendimento da Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar. São objetos que fazem parte do sistema de saúde pública municipal, como assentos sanitários, torneiras, cobertores, toalhas de banho, roupas de cama, além de blusas e calças de pijama e camisolas. No No total, o prejuízo para as unidades é de R$ 667.165,70.
O levantamento realizado pela equipe de supervisão de informação da Rede Mário Gatti destaca uma questão crítica que afeta significativamente a experiência do usuário nos serviços oferecidos pelos Hospitais Mário Gatti, Complexo Hospitalar Prefeito Edivaldo Orsi (Ouro Verde) e pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Carlos Lourenço, São José, Campo Grande e Padre Anchieta.
A análise foi realizada a partir dos dados recebidos pelos gestores e coordenadores das áreas de manutenção e rouparia no período de junho de 2024 a junho de 2025 e revela um gasto de recursos públicos importante que poderia ser evitado com a conscientização da população.
O item mais extraviado é o lençol, somando 8.882 unidades em um ano, seguido de camisolas (2.089). As toalhas de banho extraviadas somaram 1.847 e os cobertores, 410. As fronhas totalizam 107, além de blusas e calças de pijamas (25 e 23, respectivamente). Também chama a atenção o número de itens que são furtados dos banheiros das unidades: foram 564 torneiras furtadas no período, além de 124 assentos sanitários.
Reposição
A reposição, contínua e em menor tempo possível, é um desafio importante para a Rede Mário Gatti. Embora possua um plano de reposição, a instituição enfrenta dificuldades em acompanhar o ritmo acelerado de evasão, que supera a velocidade da substituição devido aos processos de justificativas e compras. Essa disparidade pode gerar uma lacuna entre a demanda e a oferta de recursos, o que acaba trazendo prejuízos para o próprio usuário.
A divulgação do levantamento é importante para levar ao conhecimento da população a situação que acaba prejudicando os próprios usuários do serviço público de saúde, já que na somatória dos dados, os prejuízos são consideráveis.
Campanha de conscientização
Para tentar minimizar os prejuízos à saúde pública e conscientizar os usuários sobre a importância de preservar os bens públicos, o Setor de Humanização da Rede Mário Gatti está desenvolvendo o Projeto Mãos que Cuidam, que visa conscientizar os usuários a preservarem os itens e espaços públicos das unidades de saúde por meio do estímulo ao senso de pertencimento e reconhecimento por parte dos usuários, como forma de incentivar o cuidado, a conservação e o uso consciente dos espaços públicos de saúde.
Além disso, o projeto tem como foco a promoção da conservação e uso adequado das instalações físicas, equipamentos médicos e não médicos, bem como dos serviços de hotelaria hospitalar, contribuindo para a sustentabilidade e qualidade no atendimento.
As ações previstas incluem a realização de dinâmicas participativas que estimulem a reflexão e o debate sobre o uso adequado dos espaços, instalações e equipamentos hospitalares, promovendo a corresponsabilidade entre todos os envolvidos no ambiente de saúde.
Também serão promovidas atividades integrativas que favoreçam o desenvolvimento do senso de pertencimento, o fortalecimento de vínculos e o espírito de comunidade, contribuindo para a consolidação de uma cultura organizacional baseada no respeito, no cuidado e na valorização do espaço público.