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EUA ameaçam sancionar responsáveis por prisão domiciliar de Bolsonaro

Departamento de Estado condena decisão de Moraes e cobra liberdade de expressão ao ex-presidente

O Departamento de Assuntos do Hemisfério Ocidental, órgão do Departamento de Estado dos Estados Unidos, criticou duramente a ordem de prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Em publicação nas redes sociais, o governo norte-americano classificou Moraes como “violador de direitos humanos” e alertou para riscos à democracia no Brasil.

A declaração ocorre dias às vésperas aplicação de tarifas adicionais contra produtos brasileiros, em medida anunciada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump.

O republicano havia enviado uma carta oficial solicitando ao governo brasileiro a suspensão do julgamento de Bolsonaro e, diante da negativa, cumpriu a ameaça econômica — atitude que ampliou a tensão diplomática entre os dois países.

A publicação

Na publicação oficial, o Departamento de Estado afirmou:

“O ministro Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos Estados Unidos, continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço ao público. Deixem Bolsonaro falar!”

A nota termina com a promessa de sanções aos responsáveis.

“Os Estados Unidos condenam a ordem de prisão domiciliar imposta a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que colaborarem com condutas sujeitas a sanções.”

A crítica reforça o posicionamento da ala republicana dos EUA, especialmente entre aliados de Trump, que enxergam a situação de Bolsonaro como um caso de perseguição política.

Até o momento, o Palácio do Planalto não se manifestou oficialmente sobre o conteúdo da publicação americana.

Lei Magnitsky

Na quarta-feira da semana passada (3), o governo dos EUA sancionou Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky. A medida inclui o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país. É aplicada, em geral, a acusados de corrupção ou de graves violações de direitos humanos.

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou que Moraes era o juiz e o executor de uma “caça às bruxas” contra os EUA, seus cidadãos e as companhias americanas.

“Moraes é responsável por uma campanha opressora de censura, detenções arbitrárias que violam direitos humanos e perseguições políticas — que incluem o ex-presidente Jair Bolsonaro. As ações de hoje deixam claro que o Tesouro vai continuar a responsabilizar aqueles que ameacem os interesses americanos e a liberdade de nossos cidadãos”, afirmou.

 

Fonte: R7

Foto: Casa Branca/Daniel Torok

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