A escola recebeu R$ 17,5 mil, recurso que será destinado a ações pedagógicas e ao fortalecimento de projetos inovadores
A Escola Estadual Brasil, de Limeira (SP), conquistou o Prêmio Escolas Sustentáveis com o projeto AquaTerraAlert, desenvolvido pelos professores Náyra Rafaéla Vido e Vinícius Akira Sugae. A iniciativa tem como objetivo mitigar os impactos de enchentes e deslizamentos por meio de um sistema de alerta capaz de monitorar áreas de risco em tempo real.
Com a vitória na categoria 2 do prêmio, voltada a turmas de Ensino Fundamental Anos Finais, Ensino Médio e EJA, a escola recebeu R$ 17,5 mil, recurso que será destinado a ações pedagógicas e ao fortalecimento de projetos inovadores. Além disso, os docentes irão representar São Paulo na etapa internacional, prevista para ocorrer entre os dias 20 e 22 de outubro, no Rio de Janeiro.
O projeto vencedor
O AquaTerraAlert foi construído com o uso de arduino, sensores ultrassônicos e de umidade, além de outros componentes que permitem monitorar variáveis ambientais e emitir alertas preventivos. O trabalho envolveu diretamente 40 alunos do 7º ano, mas impactou toda a comunidade escolar, com cerca de 600 estudantes e suas famílias. Oficinas, encontros e ações de conscientização contaram com a participação da Defesa Civil.
“Percebemos maior conscientização dos alunos e de suas famílias sobre a importância do descarte correto do lixo, do cuidado com o ambiente e do acompanhamento de alertas meteorológicos. A tecnologia é importante, mas a mudança de hábitos é essencial para prevenir tragédias”, destacou a professora Náyra Rafaéla.
Reconhecimento e futuro
Para os educadores, o prêmio valoriza o trabalho coletivo de professores e estudantes. “Esse recurso é destinado à escola, permitindo investir em equipamentos, materiais pedagógicos e melhorias no espaço escolar, garantindo a continuidade e impacto maior do projeto”, ressaltou Náyra, que esteve em São Paulo para a cerimônia acompanhada da professora Maria Cristina Vieira, da sala de leitura.
O protótipo foi testado em maquetes que simulam áreas de risco, mas os professores querem expandir a ideia para além dos muros da escola. “Pretendo me reunir com a prefeitura de Limeira para apresentar o projeto e discutir formas de aplicação prática. Hoje, a cidade conta com apenas um ponto de monitoramento de enchentes”, revelou a docente.
A expectativa agora é conquistar parcerias com órgãos públicos e técnicos, ampliando o alcance do sistema e levando a tecnologia desenvolvida pelos estudantes para áreas de risco reais.
Sobre o prêmio
O Prêmio Escolas Sustentáveis é promovido pela Fundação Santillana, em parceria com a Santillana e a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OIE).
Foto: Agência SP
