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Entenda guerra da Colômbia que expulsou 52 mil e reduz chance de paz

Cerca de 40 dias atrás eclodiu na Colômbia um conflito armado entre guerrilhas pelo controle da região de Catatumbo, área andina próxima à fronteira com a Venezuela, rica em recursos naturais, pobre socialmente e propícia para plantação da folha da coca, usada para fabricação da cocaína.

retorno da guerra colombiana, que o início remonta aos anos 1940, põe em xeque o projeto do governo de esquerda do presidente Gustavo Petro de “Paz Total”, e que buscava desmobilizar grupos rebeldes ainda armados que atuam na Colômbia.

O Exército de Libertação Nacional (ELN), com mais de 50 anos de atuação, entrou em guerra contra os dissidentes das Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o Frente 33, que não aceitaram abandonar as armas após o Acordo de Paz assinado em 2016.

Mais de 100 pessoas já foram assassinadas e 52 mil abandonaram suas residências para fugir do conflito. Houve atentados à bomba e estima-se que 80 mil pessoas tenham sido afetadas na região, sendo que 8,6 mil pessoas seguem em confinamento, sem poder se locomover.

A guerra causou grave crise humanitária na Colômbia, considerada uma das mais graves desde os anos 1990, quando houve um recrudescimento do conflito interno do país.

O especialista colombiano Sebástian Granda Henao, professor em Fronteiras e Direitos Humanos na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), explica que o aumento do preço da cocaína no mercado mundial, no final de 2024, impulsionou a guerra pelo controle das economias ilegais da região.

“A guerra é para ver quem consegue controlar a produção, a comercialização e o refinamento da folha de coca nesse período de bonança. É um problema de economia política, de ter o controle territorial para a produção de commodities [matérias-primas] de economias ilegais”, destacou Sebástian.

Nesta semana, o governo informou ter localizado e destruído 45 instalações e laboratórios para o processamento da cocaína. Além da droga, está em disputa toda uma economia ilegal que funciona na região, como o contrabando de mercadorias por meio da fronteira com a Venezuela, além da extração de petróleo e da mineração ilegais. Extorsões dos moradores, por meio da cobrança de tributos, também faz parte das receitas desses grupos.

Paz total

O governo Petro vinha tentando implementar um processo de Paz Total, com objetivo de desmobilizar os grupos armados que ainda atuam na Colômbia.

“O que o ELN cometeu em Catatumbo são crimes de guerra. O processo de diálogo com este grupo está suspenso. O ELN não tem vontade de paz”, afirmou o presidente da República, em uma rede social.

Para o professor colombiano Sebastian Henao, a violência em Catatumbo ameaça o projeto de paz do governo.

“Me parece que a aposta política pela paz total tem sido aproveitada por esses grupos para ampliar sua operação. Há muitos mais interesses envolvidos do que a vontade de paz. Há um negócio por trás que ninguém quer abandonar e que dá muito lucro”, ponderou.

Crise humanitária

Os sucessivos conflitos armados colombianos que já duram mais de 80 anos tornaram o país vizinho uma das nações com o maior número de deslocados internamente do planeta, com 8,8 milhões de pessoas forçadas a deixarem suas residências ao longo da história dos conflitos, segundo dados da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

A Acnur calculou que, apenas em 2024, 115 mil pessoas foram afetadas por confinamento forçado devido aos conflitos armados.

“Apesar dos esforços humanitários, o conflito persiste e as necessidades em Catatumbo continuam urgentes. Medidas de proteção são necessárias para pessoas deslocadas e líderes comunitários, bem como abrigo, assistência alimentar, água potável, serviços de saúde e acesso à educação”, informou a organização.

Origem da guerra


Frame de vídeo divulgado pelo Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia – Frame ibertação Nacional (ELN)

O conflito armado da Colômbia começou como um problema agrário, causado pela concentração de terras na mão de poucas pessoas, de um lado, e massas de camponeses sem terra, do outro. A luta pela terra ao longo da década de 1940 detonou uma violência contra camponeses que se organizavam no país.

Essa explicação é do professor da UFGD, Sebastian Henao. “A luta pela terra foi se agravando em meio ao contexto da violência entre os partidos liberal e conservador e os grupos camponeses vão se armando para se proteger. Nas décadas de 1960 e 1970, no contexto da guerra fria, as organizações passam a adotar um projeto político para tomada do poder”, explicou.

O especialista diz que o crescimento da economia da cocaína levou essas guerrilhas a procurarem controlar a produção da droga para se financiarem.

“As guerrilhas tomam o negócio da droga para financiar a guerra e a resposta do Estado foi muito mais violenta, o que leva ao recrudescimento do conflito na década de 1990”, completou.

Fonte: Agência Brasil
Foto: REUTERS/Carlos Eduardo Ramirez

Atualização: Policiais são presos por ligação com o Comando Vermelho em esquema de assassinatos e tráfico na Rota Caipira

Investigação aponta que facção carioca cooptava agentes de segurança em Limeira para atacar membros do PCC e assumir rota estratégica de tráfico no interior de SP  A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (5) dois policiais militares e um guarda civil municipal suspeitos de integrarem uma célula do Comando Vermelho (CV) no interior de São Paulo. As prisões fazem parte do desdobramento de uma investigação que revelou uma atuação articulada da facção carioca no município de Limeira. O Portal Veloz mostrou em primeirão mão no momento das prisões. A atuação tem com o objetivo de eliminar rivais do Primeiro Comando da Capital (PCC) e assumir o controle da “Rota Caipira”, uma das principais rotas do narcotráfico no país.  Segundo apurado pelo Portal Veloz, matadores profissionais eram recrutados e escalados pelo CV para executar membros do PCC e facilitar o avanço da organização fluminense no território paulista. A Rota Caipira é considerada estratégica para o escoamento de cocaína vinda da Bolívia e da Colômbia, além do transporte de armas de grosso calibre e material bélico roubado ou contrabandeado.  De acordo com trechos de documentos policiais obtidos pela equipe do Portal Veloz, o Comando Vermelho cooptava agentes públicos “alinhados aos interesses expansionistas” da facção, com o objetivo de alterar o domínio geocriminal da região. A atuação da célula local envolvia assassinatos, tráfico de drogas e armas, corrupção ativa e passiva, além da clonagem de veículos.  Ainda segundo a investigação, parte do armamento transportado pela rota era destinada ao Rio de Janeiro, onde os fuzis e munições são utilizados na guerra entre narcoterroristas nos morros da capital fluminense. A ofensiva da facção no interior paulista é vista pelas autoridades como uma tentativa do CV de ampliar sua área de influência fora do eixo Rio de Janeiro–fronteira.  As prisões desta segunda-feira são consideradas um avanço crucial para conter a infiltração da facção em estruturas de segurança pública. A Polícia Civil mantém sigilo sobre outras etapas da investigação, que segue em andamento.  A Corregedoria da Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública ainda não se manifestaram oficialmente sobre o envolvimento dos agentes detidos. (Renan Isaltino)

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Homem é preso por agredir companheira e manter dois revolveres em casa, em Limeira

A vítima estava visivelmente abalada e temendo pela própria vida, quando os PMs chegaram na residência  Na tarde desta segunda-feira (5), policiais militares prenderam em flagrante, um homem de 44 anos, por agressão e ameaça contra a companheira, uma mulher de 37 anos, além de posse ilegal de armas e munições. A ocorrência foi registrada em uma residência no Parque Nossa Senhora das Dores, em Limeira.  De acordo com o relato dos PMs Isadora e Matheus, a equipe realizava patrulhamento de rotina quando foi acionada para atender a uma denúncia de violência doméstica envolvendo ameaça com arma de fogo. Ao chegarem ao endereço indicado, os policiais foram recebidos pela vítima, que estava visivelmente abalada e temendo pela própria vida. Ela autorizou a entrada dos agentes em sua residência.  Inicialmente, foi realizada uma busca domiciliar, mas nenhum item ilícito foi localizado. No entanto, minutos depois, o autor teria retornado  à residência e foi abordado pelos policiais. Nada de ilegal foi encontrado em sua posse durante a revista pessoal.  Durante conversa informal, o acusado admitiu ter agredido a companheira, justificando seu comportamento de forma banal, ao afirmar que a mulher “tem um jeito muito difícil”. Em seguida, ele indicou aos policiais o local dentro da casa onde escondia armas e munições. No local, foram encontrados dois revólveres — um calibre .32 e outro .22 — além de diversas munições.  O homem foi conduzido à delegacia, onde permanece preso à disposição da Justiça. O caso será investigado como violência doméstica, ameaça e posse ilegal de arma de fogo. (Renan Isaltino)

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Adolescente é apreendida com mais de 13 mil porções de cocaína em Paraisópolis, zona sul de SP

Droga foi encontrada em imóvel usado como ponto de tráfico; namorado da jovem conseguiu fugir durante abordagem da Polícia Militar  Uma adolescente de 17 anos foi apreendida por tráfico de drogas na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, na tarde deste domingo (04). Com ela, a Polícia Militar (PM) encontrou mais de 13 mil porções de cocaína.  A ação foi realizada por equipes do 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), durante patrulhamento de rotina na região. Os policiais receberam uma denúncia anônima sobre um imóvel supostamente utilizado para o armazenamento e distribuição de entorpecentes.  Ao chegarem ao endereço indicado, os agentes encontraram a adolescente no local. O namorado da jovem, de 22 anos, apontado como o responsável pelo imóvel, conseguiu fugir antes da abordagem. Dentro da residência, foram localizadas milhares de porções de cocaína embaladas para venda, além de materiais para preparo e fracionamento da droga.  Segundo o boletim de ocorrência, o imóvel era utilizado como ponto de apoio logístico para o tráfico na comunidade. Todo o material apreendido foi encaminhado à perícia técnica, e a adolescente foi levada à Fundação Casa, onde permanecerá à disposição da Justiça.  De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como ato infracional análogo ao tráfico de drogas no 89º Distrito Policial (Jardim Taboão). As investigações continuam com o objetivo de identificar e prender outros envolvidos, incluindo o namorado da menor.  A apreensão chama atenção pelo grande volume de drogas, evidenciando o nível de organização e escala do tráfico na região. Paraisópolis, uma das maiores comunidades da cidade, é considerada ponto estratégico para a atuação de facções criminosas, o que torna a presença policial ainda mais frequente. (Renan Isaltino) Foto: ssp

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