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Endividamento das famílias e crédito mais caro: veja como alta dos juros impacta o seu bolso

Economistas afirmam que aumento de 1 ponto percentual deve reduzir consumo e poder de compra do brasileiro

 

Principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação, a taxa básica de juros aumentou pela terceira vez seguida e chegou a 12,25%, o maior patamar desde novembro do ano passado. A decisão veio um pouco acima do esperado, mas ainda alinhada às expectativas do mercado financeiro, que projetava a elevação da Selic.

Economistas ouvidos pelo R7 apontam que a alta de 1 ponto percentual afeta a economia como um todo e impacta de forma direta o bolso dos brasileiros, principalmente os mais pobres.

Entre outros efeitos, o aumento dos juros deve reduzir o consumo e o poder de compra dos brasileiros, além de tornar o crédito mais caro, o que pode gerar uma maior inadimplência.

Doutor em economia e professor da Universidade Mackenzie, Hugo Garbe afirma que os efeitos da alta de 1 ponto percentual – a maior desde maio de 2022 – são basicamente os mesmos dos aumentos dos meses anteriores, mas em maior escala.

“É como se um médico triplicasse a dose de um remédio”, disse.

Ele explica que, ao contrário dos ricos, a população mais carente é quem mais sente os impactos dos juros altos.

“As pessoas que têm crédito pessoal e cheque especial pagam mais juros. O rico não sente, pelo contrário, fica mais rico porque eles têm dinheiro aplicado e ganham mais juros”, afirmou.

Crédito mais caro

Segundo ele, um dos efeitos imediatos é o encarecimento do crédito. O crédito mais caro afeta o consumo, já que as compras parceladas e financiamentos ficam menos acessíveis.

“O primeiro impacto direto será no custo do crédito. Com a taxa de juros mais alta, os bancos e instituições financeiras ajustam suas taxas para empréstimos pessoais, financiamentos e até o rotativo do cartão de crédito”, analisou Hugo Garbe.

Isso significa que consumidores que dependem de crédito terão que pagar mais pelos mesmos empréstimos, na opinião dele.

A leitura dos especialistas é de que a economia em geral tende a desacelerar com o aumento dos custos de crédito, o que pode impactar a geração de empregos e os investimentos.

Na avaliação de José Luiz Pagnussat, mestre em economia pela UnB (Universidade de Brasília), juros mais altos reduzem a demanda econômica e, consequentemente, o crescimento e o emprego.

“O crescimento da economia (PIB) é determinado pelo crescimento da demanda. Os bons resultados do PIB, puxados pelo crescimento do consumo das famílias (dado o aumento da massa salarial com mais empregos e salário médio maior), além do crescimento da demanda dos empresários (investimentos, compra de máquinas, equipamentos) preocuparam o BC”, afirmou.

Inadimplência maior

Garbe avalia que, à medida que o custo do crédito sobe, é esperado um aumento na inadimplência. “Muitos consumidores já endividados terão mais dificuldade em pagar seus compromissos, resultando em um número maior de calotes.

“Os primeiros sinais de maior inadimplência devem aparecer no setor de crédito pessoal e no rotativo do cartão de crédito, onde as taxas são tradicionalmente mais elevadas”, explicou.

Perda do poder de compra

Para Newton Marques, economista do Corecon-DF (Conselho Regional de Economia do Distrito Federal), a perda do poder de compra é outro impacto do aumento dos juros no dia a dia do brasileiro, e tem efeito imediato. “Pode até refletir nos preços de alimentos e bebidas, porque o custo do dinheiro fica mais caro para pessoas físicas e jurídicas”, afirmou.

Hugo Garbe lembra que o aumento dos juros também pressiona o orçamento das famílias, principalmente aquelas que já têm dívidas. “Com parcelas mais altas, sobra menos dinheiro para outros gastos, gerando uma perda de poder de compra. Esse efeito pode ser ainda mais severo em um cenário de inflação elevada”, disse.

Redução no consumo

Segundo o economista, com menos acesso a crédito e menor poder de compra, o consumo tende a cair, o que afeta diretamente o comércio e a produção industrial, contribuindo para uma desaceleração econômica.

“É um ciclo em que o consumidor gasta menos, as empresas vendem menos, e a economia como um todo sente os efeitos”, disse.

A taxa de 12,25% ao ano valerá ao menos pelos próximos 45 dias (contados a partir do último dia 11), quando os diretores do BC voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.

Repasse é sentido de imediato?

A avaliação dos economistas é de que o repasse do aumento dos juros no dia a dia do brasileiro deve ocorrer no curto e médio prazo.

O economista Fernando de Aquino, membro da comissão de política econômica do Cofecon (Conselho Federal de Economia), pondera que é preciso considerar a extensão do aumento para calcular a rapidez do impacto.

“Vai depender da magnitude e da quantidade das elevações para calcular o efeito final desse ciclo de alta”, explicou.

Já Pagnussat avalia que o impacto é imediato para os consumidores e empresários, que terão juros mais altos em todas as linhas de financiamento com recursos livres. “Tem também outro impacto, ainda no curto prazo, que é o efeito de redução do crescimento da economia e do emprego”, afirmou.

Impacto é mais rápido quando a Selic tem alta ou quando cai?

Historicamente, segundo Hugo Garbe, o repasse do aumento dos juros para o consumidor acontece de forma mais rápida do que a redução das taxas.

Isso ocorre porque, ao aumentar a Selic, o custo do dinheiro para os bancos sobe imediatamente, e as instituições financeiras ajustam suas taxas para empréstimos e financiamentos rapidamente para manter suas margens de lucro.

“Já no caso de uma redução dos juros, o repasse é mais lento. Os bancos e outras instituições financeiras tendem a segurar as reduções de taxa por mais tempo, aproveitando a diferença para melhorar seus lucros. Além disso, quando a Selic cai, os bancos podem estar mais reticentes em repassar a queda imediatamente, seja por incerteza econômica ou pela necessidade de compensar eventuais perdas anteriores”, explicou.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

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