Juliana, que estava em uma viagem pela Ásia desde fevereiro, faleceu após cair durante uma expedição no vulcão, um dos pontos turísticos mais procurados do país asiático
Chegou ao Brasil, na tarde desta terça-feira (1º), o corpo da jovem brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. O voo da companhia aérea Emirates Airlines pousou por volta das 17h no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. A retirada do corpo da aeronave foi feita sob a supervisão da Polícia Federal.
Juliana, que estava em uma viagem pela Ásia desde fevereiro, faleceu após cair durante uma expedição no vulcão, um dos pontos turísticos mais procurados do país asiático. A repatriação do corpo foi viabilizada por uma mobilização envolvendo familiares, autoridades brasileiras e instituições públicas. A Prefeitura de Niterói, cidade natal da jovem, arcou com os custos do translado.
Segundo a Defensoria Pública da União (DPU), será realizada uma nova autópsia em território brasileiro, a pedido da família, que contesta o laudo emitido pelas autoridades indonésias. A nova necrópsia deve ocorrer ainda nesta noite, dentro de um prazo de até seis horas após a chegada do corpo, com o objetivo de preservar possíveis evidências. A principal dúvida gira em torno da possibilidade de omissão de socorro.
Imagens registradas por drones de turistas levantaram a hipótese de que Juliana poderia ter sobrevivido por mais tempo após a queda, o que não foi esclarecido pela autópsia feita na Indonésia. O atestado de óbito, emitido pela Embaixada do Brasil em Jacarta, não detalha precisamente o momento da morte, o que gerou ainda mais incertezas à família.
Representantes da DPU, da Advocacia-Geral da União (AGU) e do governo do Rio de Janeiro se reuniram nesta terça-feira para discutir os trâmites legais da nova perícia. A instituição responsável pelo procedimento ainda não foi confirmada. O governo federal acompanha de perto o caso, que ganhou repercussão nacional e internacional. Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o caso é tratado como prioridade.
Dependendo do resultado da nova perícia, autoridades brasileiras poderão investigar eventuais responsabilidades civis ou criminais envolvendo a morte de Juliana. A família espera que os exames realizados no Brasil possam esclarecer as reais circunstâncias do acidente e, sobretudo, se houve falhas no socorro prestado. (Renan Isaltino)
Foto: R7