Sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 e funciona como um sinal ao consumidor sobre os custos
A conta de luz terá aumento a partir de agosto. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que será acionada a bandeira vermelha patamar 2, o que representa a cobrança de R$ 7,87 extras a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Em julho, estava em vigor a bandeira vermelha no patamar 1, que aplicava um acréscimo de R$ 4,46 por 100 kWh. A elevação da bandeira reflete o aumento nos custos de produção de energia elétrica, provocado principalmente pela redução no volume de chuvas e menor geração pelas hidrelétricas.
“O cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração por meio de hidrelétricas. Esse quadro eleva os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas”, explicou a Aneel em nota.
O impacto já começa a ser sentido no bolso do consumidor. Segundo dados divulgados pelo IBGE, a energia elétrica foi a principal responsável pela alta de 0,33% no IPCA-15, prévia da inflação oficial de julho. Em junho, o indicador havia registrado aumento de 0,26%.
Entenda as bandeiras tarifárias:
- Bandeira verde: condições favoráveis de geração. Sem acréscimo na tarifa.
- Bandeira amarela: geração menos favorável. Acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh.
- Bandeira vermelha – patamar 1: geração mais custosa. Acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh.
- Bandeira vermelha – patamar 2: geração ainda mais custosa. Acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 e funciona como um sinal ao consumidor sobre os custos reais da geração de energia no país, incentivando o uso consciente da eletricidade, especialmente em períodos de escassez hídrica.
Fonte: R7
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil