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Congelada desde 2019, tarifa do transporte público terá reajuste abaixo do acumulado da inflação

A Prefeitura de Americana, por meio da Unidade de Transportes e Sistema Viário (Utransv), informa que o valor da tarifa do transporte público do município, congelado desde dezembro de 2019, terá um reajuste de aproximadamente 10,6%, de R$ 4,70 para R$ 5,20. A mudança começa a valer nas catracas a partir do dia 22 de abril (terça-feira), conforme comunicado em edição extraordinária do Diário Oficial do Município publicada nesta terça-feira (15).

Após reunião da Comissão Tarifária, foi definido também que o novo teto do subsídio mensal concedido à Sancetur, empresa responsável pelo serviço, foi ampliado de R$ 1,2 milhão para R$ 1,9 milhão, possibilitando o custeio dos usuários que possuem gratuidade ou desconto e para o complemento da tarifa.

A ampliação considera a diferença entre a tarifa pública, de R$ 5,20 — valor pago diretamente pelo cidadão —, e a tarifa de remuneração, fixada em R$ 12, que corresponde ao ressarcimento à empresa pelos reais custos da operação do serviço. Cabe à Prefeitura arcar com essa diferença, garantindo a manutenção do sistema e a continuidade das gratuidades e descontos previstos em lei.

O reajuste está abaixo do acumulado da inflação no período. De acordo com dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada desde dezembro de 2019 corresponde a aproximadamente 37,75%.

Um estudo contratado pela Prefeitura junto à Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) constatou a necessidade da mudança no valor da tarifa, devido ao reequilíbrio contratual da operadora do transporte, para que não haja prejuízo na prestação do serviço. A alteração levou em conta questões como reajuste salarial dos funcionários, aumento nos preços dos combustíveis e renovação da frota, que conta com 48 veículos entregues nos anos de 2022 e 2024, equipados com ar-condicionado, entrada USB para carregamento de celulares, plataforma de acessibilidade, câmera de monitoramento, poltrona conforto, GPS e Wi-Fi.

“O transporte público é essencial para milhares de pessoas em Americana, e temos feito um grande esforço para manter um serviço de qualidade com o menor impacto possível no bolso do cidadão. O reajuste ficou muito abaixo da inflação acumulada e foi acompanhado pelo aumento do subsídio, garantindo a continuidade das gratuidades e dos benefícios tarifários. Estamos mantendo uma frota renovada e equipada com itens de conforto e segurança, e seguiremos trabalhando para oferecer um transporte cada vez mais acessível, moderno e eficiente para nossa população”, comenta o secretário-adjunto de Trânsito, Marcelo Giongo.

Mensalmente, mais de 150 mil passageiros utilizam o transporte público gratuitamente, seja idoso, sênior, patrulheiro, colaborador, botoeira gratuita, pessoa com deficiência, agente público e funcional, totalizando mais de R$ 705 mil em tarifas que não são pagas pelo usuário e são subsidiadas pelo município. Além disso, aproximadamente 45 mil usuários contam com desconto nas tarifas, entre eles estudantes (50% de desconto), aposentados (50%) e operários (25%).

 

Foto: Prefeitura de Americana

Falta de drenagem urbana agrava desastres e exige investimentos urgentes no Brasil

A situação é agravada pelas mudanças climáticas, que têm intensificado a frequência e a severidade dos eventos climáticos extremos  Mais de um terço dos municípios brasileiros não possui infraestrutura adequada para drenagem das águas pluviais, um problema que contribui significativamente para inundações e deslizamentos. Entre 1991 e 2023, o país registrou cerca de 26 mil eventos hidrológicos de desastres, resultando em 3.464 mortes e prejuízos superiores a R$ 151 bilhões.  Apesar da aprovação do Marco Legal do Saneamento Básico em 2020, que estabelece metas ambiciosas para universalizar o acesso à água potável e ao tratamento de esgoto até 2033, os investimentos na área têm sido insuficientes. De 2017 a 2023, os aportes médios foram de cerca de R$ 10 bilhões por ano, menos da metade dos R$ 22 bilhões anuais necessários para atingir as metas estabelecidas.  O Instituto Trata Brasil destaca que, para cumprir as metas do marco legal, seria necessário dobrar os investimentos atuais em drenagem urbana. A falta de infraestrutura adequada não só compromete a segurança das populações urbanas, mas também gera impactos econômicos significativos, com prejuízos que ultrapassam R$ 151 bilhões ao longo de três décadas.  A situação é agravada pelas mudanças climáticas, que têm intensificado a frequência e a severidade dos eventos climáticos extremos. Especialistas alertam que, sem investimentos adequados em infraestrutura de drenagem e saneamento, o país continuará enfrentando tragédias recorrentes e perdas econômicas substanciais.  Para reverter esse cenário, é fundamental que o Brasil aumente significativamente os investimentos em saneamento básico, com foco especial na drenagem urbana. A mobilização de recursos públicos e privados, aliada a uma gestão eficiente e transparente, é essencial para garantir a segurança das populações urbanas e a resiliência das cidades frente aos desafios climáticos.  O cumprimento das metas do Marco Legal do Saneamento até 2033 requer não apenas recursos financeiros, mas também vontade política e compromisso com o desenvolvimento sustentável. Sem ações concretas e investimentos adequados, o país continuará vulnerável aos impactos devastadores das chuvas e inundações. (Renan Isaltino)  Fonte: Agência Brasil

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Polícia Civil de SP investiga banqueiros envolvidos em fraude milionária

A operação recebeu o nome de Floresta Devastada  Uma operação da Polícia Civil de São Paulo deflagrada nesta quarta-feira (23) investiga banqueiros e executivos suspeitos de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação recebeu o nome de Floresta Devastada.  Entre os alvos desta ação policial estão os irmãos banqueiros Nelson Nogueira Pinheiro e Norberto Nogueira Pinheiro, que teriam dado calotes em clientes. A suspeita é de que os irmãos tenham desviado o dinheiro de clientes para offshores (geralmente empresas abertas em paraísos fiscais), sem que esses recursos tenham sido devolvidos.  Inicialmente, as investigações apontaram para uma possível prática de estelionato por parte da instituição financeira. Depois, apurou-se que essa empresa teria tentado se valer de um pedido de recuperação judicial fraudulento para se blindar contra credores e ainda tentar proteger um grande volume de bens estimado em centenas de milhões de reais.  A operação, informou a Polícia Civil, também identificou um sofisticado esquema de movimentações patrimoniais, possivelmente voltadas à lavagem de dinheiro, o que incluía o uso de empresas de fachada e de bens mantidos em paraísos fiscais.  A Justiça determinou ainda o bloqueio de cerca de R$ 500 milhões dos investigados e autorizou o arresto de imóveis de alto padrão para evitar que eles possam ser vendidos. A Justiça também autorizou que, durante a operação, fossem coletados documentos, dispositivos eletrônicos, valores em espécie, obras de arte, joias e veículos de luxo dos investigados. (Renan Isaltino) Fonte: Agência Brasil

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População em situação de rua ultrapassa 96 mil na cidade de São Paulo, aponta levantamento da UFMG

O número registrado representa um crescimento de quase 3 mil pessoas em comparação com janeiro de 2025  A cidade de São Paulo atingiu um novo marco preocupante em março deste ano: 96.220 pessoas viviam em situação de rua, segundo dados do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal, divulgados em 14 de abril. O levantamento foi realizado pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio do projeto Polos de Cidadania.  A capital paulista mantém-se como a cidade com a maior população em situação de rua no Brasil, com uma diferença superior a 75 mil pessoas em relação à segunda colocada, o Rio de Janeiro. O número registrado representa um crescimento de quase 3 mil pessoas em comparação com janeiro de 2025, quando havia 93.355 registros.  Embora os números absolutos continuem aumentando, o estudo aponta uma tendência de estabilidade no ritmo de crescimento. Ainda assim, o dado revela que aproximadamente oito a cada mil habitantes da capital paulista vivem nas ruas, um índice que reforça a gravidade da crise social enfrentada pelo município.  No âmbito estadual, a situação também apresenta agravamento. Em janeiro de 2025, o estado de São Paulo contabilizava 140.543 pessoas em situação de rua. Já em março, esse número saltou para 143.509, evidenciando um aumento significativo em apenas dois meses. O estado concentra mais de 40% de toda a população em situação de rua do país, conforme os dados da pesquisa da UFMG.  O levantamento acende um alerta sobre a urgência de políticas públicas efetivas e integradas, voltadas à habitação, saúde mental, assistência social e inclusão econômica, que possam enfrentar de maneira estruturada o avanço dessa realidade nas grandes cidades brasileiras. (Renan Isaltino) Fonte: Cadastro Único (CadÚnico) / OBPopRua – Polos de Cidadania/UFMG Foto: Agência Brasil

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