Gabriela Lusquiños, do MPRJ, fala sobre os riscos da exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais
Um vídeo recente do influenciador Felca reacendeu um debate importante na internet — a exposição de crianças e como ela contribui para a pedofilia. Em entrevista ao Hora News, da Record News, a promotora de Justiça da Infância e Juventude do MPRJ, Gabriela Lusquiños, destaca a importância da denúncia e explica como o conteúdo protagonizado por crianças acaba na mão de predadores sexuais.
“Quando nós investigamos casos de pedofilia, quando nós angariamos o material desses conteúdos inadequados, nós verificamos que a grande maioria do material arrecadado trata de imagens, vídeos e fotos de crianças em ações normais do seu dia a dia”, explica a promotora.
“Pedófilos conseguem se utilizar dessas imagens, muitas vezes até mesmo por meio de inteligência artificial, e acabam muitas vezes por remover as roupas dessas crianças e adolescentes e fazer com que essa criança que estaria ali numa foto com roupa se apresente nua. E esse material é espalhado mundialmente numa grande rede de pornografia internacional, arrecadando lucros absurdos”, diz.
Gabriela faz um alerta: “Quando uma criança ou adolescente está no seu quarto, ou está sozinho com seu celular na mão, é como se abrisse uma porta e permitisse a entrada de qualquer pessoa estranha, um criminoso, para fazer e ter contato com seu filho. Então, o que nós sempre recomendamos é não entregue um smartphone para o seu filho antes dos 14 anos e não permita que ele acesse rede social antes de 16 anos”, ressalta.
Fonte: R7
Foto: Reprodução/Record News