Aumento combina inflação prevista e acréscimo real no valor venal dos imóveis; vereadores da oposição criticam medida e estudam acionar a Justiça
A votação foi realizada no início de junho e contou com apoio da base aliada do governo. Apenas dois vereadores votaram contra o projeto: Gualter Amado (PDT) e Professora Juliana (PT). Ambos apresentaram uma emenda para limitar o reajuste ao índice inflacionário, mas a proposta foi rejeitada pela maioria.
“Estamos falando de um aumento que ultrapassa os 20%. É desproporcional e vai impactar diretamente a população, principalmente as famílias de baixa renda”, afirmou Gualter Amado.
A vereadora Juliana também criticou a medida e confirmou que a oposição estuda entrar com uma ação na Justiça para tentar barrar o reajuste.
Os moradores de Americana vão pagar mais caro pelo IPTU a partir de janeiro de 2026. A Câmara Municipal aprovou um reajuste de 20,5% no imposto, composto por 5,5% de correção inflacionária e 15% de aumento real no valor venal dos imóveis. A proposta foi enviada pela Prefeitura e gerou polêmica entre parlamentares da oposição, que tentaram barrar o projeto.
De acordo com a Secretaria da Fazenda, o impacto no carnê de cada contribuinte dependerá da manutenção das características do imóvel, como metragem construída, tipo de uso (residencial, comercial ou industrial) e categoria da construção (simples, média ou alta).
O novo valor será calculado com base nos dados atuais e refletido diretamente no carnê do IPTU de 2026. A arrecadação total esperada só será conhecida após o lançamento oficial do imposto, previsto para ocorrer em dezembro deste ano.
Caso o imóvel mantenha todas as suas características, o valor do IPTU aumentará proporcionalmente ao novo valor venal, ajustado em 20,5%. Por exemplo, um imóvel com valor venal atual de R$ 200 mil passará a valer R$ 241 mil, o que impactará diretamente no valor do imposto cobrado. O projeto foi aprovado e segue para sanção do prefeito Chico Sardelli (PL). O Executivo defende que o reajuste é necessário para manter o equilíbrio fiscal e garantir investimentos em serviços essenciais como saúde, educação e infraestrutura urbana. (Renan Isaltino)