Mudanças reduzem o número de vagas na Libertadores e ampliam o limite para transferências durante o campeonato
O Brasileirão 2026 começará nos dias 28 e 29 de janeiro com uma série de mudanças que tendem a elevar o nível de competitividade do campeonato.
A CBF divulgou a tabela básica e o novo regulamento da Série A, que redefine a forma de classificação para a Conmebol Libertadores e altera regras importantes de transferência de jogadores durante a competição.
G6 vira G5
A partir da próxima temporada, o tradicional G6 deixa de existir. O Campeonato Brasileiro passará a oferecer quatro vagas diretas para a fase de grupos da Libertadores e apenas uma para a fase preliminar. Na prática, o G6 vira G5, o que significa mais briga na parte de cima da tabela e menos margem de conforto para quem sonha com o torneio continental.
Essa mudança está ligada ao novo peso da Copa do Brasil na distribuição de vagas. O campeão do mata-mata passa a ter lugar garantido direto na fase de grupos da Libertadores, enquanto o vice-campeão fica com a vaga na fase preliminar. Se o campeão já tiver vaga assegurada por outro critério, o vice herda o lugar na fase de grupos, e a vaga na pré-Libertadores vai para o melhor colocado do Brasileirão ainda não classificado, abrindo novas combinações e deixando o cenário imprevisível até as rodadas finais.
Mercado da bola aquecido
Outro ponto que promete mexer com estratégias de elenco é o aumento do limite de partidas para transferência interna. Até 2025, um atleta só poderia trocar de clube na Série A se tivesse atuado em no máximo seis jogos. Em 2026, esse teto dobra: jogadores poderão disputar até 12 partidas antes de migrarem para outra equipe na mesma edição do campeonato. A mudança pode redefinir janelas de reforços e corrigir rotas no meio do torneio.
Calendário estendido
A extensão do campeonato, começando em janeiro, exigirá um planejamento físico e de elenco muito superior. Com a pausa obrigatória para a Copa do Mundo no meio do ano, os clubes terão que gerenciar o desgaste de um torneio que, pela primeira vez, dividirá as atenções com as fases decisivas dos estaduais logo no início da temporada.
Com menos datas para testes nos estaduais e a pressão por pontos começando já no verão, o Brasileirão 2026 não dará espaço para “arranque lento”. Quem não tiver o elenco pronto em janeiro, corre o risco de ficar para trás em uma corrida que promete ser a mais disputada da era dos pontos corridos.
Atual campeão, o Flamengo estreia fora de casa contra o São Paulo. O vice de 2025, Palmeiras, começa como visitante diante do Atlético-MG. A primeira rodada ainda terá duelos como Fluminense x Grêmio, Corinthians x Bahia, Botafogo x Cruzeiro, Mirassol x Vasco, Internacional x Athletico-PR, Coritiba x Red Bull Bragantino, Vitória x Remo e Chapecoense x Santos.
Com menos vagas diretas pela liga e a Copa do Brasil ganhando peso histórico, a tendência é de que cada ponto passe a valer ainda mais. Clubes que antes se mantinham confortáveis no “bloco de cima” agora precisarão sustentar campanhas mais regulares para evitar a queda de posições decisivas. Ao mesmo tempo, equipes de meio de tabela podem enxergar na nova redistribuição de vagas uma oportunidade real de chegar ao torneio continental.
Os bastidores também prometem esquentar. A ampliação do limite de jogos para transferências deve movimentar o mercado ao longo do campeonato, permitindo ajustes táticos e reposições mais profundas, mas, ao mesmo tempo, exigindo planejamento financeiro e esportivo mais rigoroso.
Com 38 rodadas e um regulamento remodelado, o Brasileirão 2026 se projeta como um dos mais disputados dos últimos anos. Entre a briga pelo título, a corrida por Libertadores e a luta contra o rebaixamento, a temporada começa com a promessa de emoção até o fim e com todos os grandes ainda mais pressionados a entregar desempenho desde a largada.
Fonte: R7
Foto: Adriano Fontes/Flamengo
