A nova ocorrência foi registrada em cisnes silvestres
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) confirmou nesta segunda-feira (19) o segundo caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no Brasil. A nova ocorrência foi registrada em cisnes silvestres no município de Sapucaia do Sul, no Rio Grande do Sul, a cerca de 60 quilômetros de Montenegro, onde havia sido identificado o primeiro foco da doença.
Além dos casos confirmados, o MAPA acompanha seis investigações em andamento em diferentes regiões do país. Dois casos suspeitos envolvem granjas comerciais: um em Aguiarnópolis (TO) e outro em Ipumirim (SC). Os demais focos ocorrem em criações domésticas de subsistência nos municípios de Triunfo (RS), Nova Brasilândia (MT), Gracho Cardoso (SE) e Salitre (CE). Essas produções, segundo o Ministério, não possuem impacto comercial direto, mas exigem monitoramento rigoroso para evitar a disseminação do vírus.
Desde 2023, o governo federal já vinha se preparando para a chegada do vírus, que já circulava em diversos continentes, como América do Norte, Ásia, Europa e África. Apesar das medidas preventivas, a confirmação de casos no Brasil acionou protocolos internacionais que afetam diretamente o setor de exportação de carne de frango, um dos mais relevantes da economia agropecuária nacional.
Com a notificação dos casos, países como China, União Europeia, Japão e Coreia do Sul impuseram restrições à importação de aves brasileiras. Enquanto alguns mercados aplicaram suspensões totais, outros optaram por embargos regionais, limitando a compra de produtos oriundos do Rio Grande do Sul ou de áreas próximas aos focos.
Confira os países que adotaram restrições:
Suspensão total: África do Sul, Argentina, Canadá, Chile, China, Coreia do Sul, Malásia, México, União Europeia e Uruguai.
Suspensão parcial ou regionalizada: Bahrein (RS), Iraque (RS), Japão (Montenegro-RS) e Singapura (raio de 10 km do foco).
As autoridades seguem monitorando o avanço da gripe aviária e reforçam a importância da vigilância sanitária para conter novos focos, proteger a avicultura brasileira e garantir a segurança alimentar. (Renan Isaltino)