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Bombardeios russos deixam nove mortos na Ucrânia nesta segunda (23)

Ao menos sete pessoas morreram em “bombardeios em larga escala” durante a madrugada de segunda-feira em Kiev, capital da Ucrânia, anunciaram as autoridades ucranianas, que também relataram duas mortes no norte do país.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou que a Rússia lançou 352 drones e 16 mísseis contra o país na nova onda de ataques.

“Foram 352 drones, incluindo 159 Shaheds (drones de design iraniano) e 16 mísseis, incluindo projéteis balísticos produzidos pela Coreia do Norte”, informou Zelensky nas redes sociais.

O ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, indicou que os bombardeios russos atingiram “áreas residenciais, hospitais, equipamentos esportivos (…) sem respeitar o conceito de infraestrutura civil”.

No distrito de Shevchenko, ao oeste da capital, “toda uma área de um prédio residencial de vários andares foi destruída”, disse o ministro no Telegram.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou um balanço de seis mortos no edifício e informou que “as operações de resgate prosseguem”.

Outra pessoa morreu em bombardeios em Bela Tserkva, uma aglomeração ao sul de Kiev, que também deixaram mais de 10 feridos, segundo o ministro do Interior.

No norte do país, em Chernihiv, duas pessoas morreram e 10 ficaram feridas em ataques com drones, anunciou Vyacheslav Tchaus, chefe da administração regional.

Em um abrigo localizado no porão de um prédio residencial no centro de Kiev, dezenas de pessoas aguardavam o fim do ataque, a maioria buscando informações em seus telefones celulares.

Bombardeios todas as noites
As cidades ucranianas são alvos de ataques russos todas as noites, no momento em que as negociações para um cessar-fogo estão paralisadas.

Pelo menos 28 pessoas morreram e mais de 130 ficaram feridas em Kiev na madrugada de 17 de junho em um ataque russo com mais de 440 drones e 32 mísseis, segundo as autoridades ucranianas.

Na região de Rostov, no sul da Rússia, um ataque com drones ucranianos na segunda-feira “provocou um incêndio em uma empresa industrial no distrito de Kamensky”, informou o governador regional Yuri Sliusar no Telegram.

O comandante-chefe do Exército ucraniano, Oleksandr Syrsky, declarou no sábado que a Ucrânia intensificará os ataques contra alvos militares russos, três semanas após uma grande operação contra bases aéreas dentro do território russo.

Em agosto de 2024, o Exército ucraniano fez um ataque surpresa contra a região fronteiriça russa de Kursk, assumindo o controle de quilômetros, mas suas forças foram deslocadas no início deste ano por tropas russas apoiadas por um contingente norte-coreano.

As forças russas ocupam atualmente quase 20% da Ucrânia e Moscou reivindica a anexação de quatro regiões ucranianas, além da península da Crimeia, que anexou em 2014.

A Rússia iniciou ataques na região ucraniana de Sumy e assumiu o controle de várias localidades. Moscou afirma que deseja constituir uma zona de amortecimento.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse na semana passada que não descarta tomar a cidade de Sumy, a capital regional.

No campo diplomático, Kiev manifestou apoio no domingo aos bombardeios dos Estados Unidos e de Israel contra instalações nucleares no Irã, por considerar que foram consequência de “ações agressivas” das autoridades iranianas.

A Ucrânia considera que o Irã é “cúmplice” da invasão russa e que está prestando “assistência militar” a Moscou, incluindo drones usados para bombardear o território ucraniano.

 

Fonte: R7

Foto: Genya Savilov / AFP

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