A maior parte dos ataques teve como alvo ônibus estacionados em garagens ou parados em terminais
A madrugada deste sábado (19) foi marcada pelo medo e pela violência para quem depende do transporte público em São Paulo. Somente na capital paulista, 14 novos ataques foram registrados em ônibus e pontos de parada. Dois homens foram presos e dois adolescentes apreendidos. Ao todo, o estado somou pelo menos 15 ocorrências entre a noite de sexta-feira (18) e a manhã deste sábado.
De acordo com a Polícia Militar, as ações ocorreram de forma simultânea em diferentes bairros, o que reforça a hipótese de articulação entre os envolvidos. A maior parte dos ataques teve como alvo ônibus estacionados em garagens ou parados em terminais. Em alguns casos, os criminosos atearam fogo aos veículos e fugiram em seguida. Ninguém ficou ferido.
Com as prisões deste sábado, já são dez pessoas detidas desde o mês passado, quando os primeiros ataques começaram a ser registrados em série. A principal linha de investigação da Polícia Civil é de que os crimes estejam ligados a uma possível disputa entre empresas de transporte coletivo. As autoridades apuram se há envolvimento de funcionários ou ex-funcionários do setor.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que reforçou o patrulhamento em terminais e garagens e que as investigações estão sendo conduzidas pelas delegacias especializadas. A pasta também garantiu que os suspeitos já detidos estão colaborando com as apurações.
Para os passageiros, o clima é de apreensão. Muitos relataram medo de utilizar o transporte público durante a madrugada e a manhã deste sábado, sobretudo nas regiões mais afetadas, como a Zona Leste e o Centro da capital.
O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Urbano de São Paulo emitiu comunicado cobrando medidas urgentes de segurança para motoristas, cobradores e usuários.
A SPTrans informou que trabalha para normalizar a circulação das linhas afetadas e que está colaborando com a polícia no levantamento de imagens de câmeras de segurança dos veículos e terminais. (Renan Isaltino)
Foto: reprodução Record
