Lei publicada autoriza cessão de área de 35 mil m² ao Estado, que se compromete a construir a unidade; projeto prevê centro cirúrgico, UTI, oncologia e radioterapia
A Prefeitura de Campinas oficializou nesta segunda-feira, 22 de dezembro, a doação para o Estado do terreno onde será construído o Hospital Metropolitano. A lei que autoriza o município a doar a área foi sancionada pelo prefeito Dário Saadi e publicada no Diário Oficial desta segunda-feira. A previsão do governo estadual é de lançar a licitação para a construção ainda neste ano.
Quando em funcionamento, a previsão é de que o hospital tenha cerca de 400 leitos. A regulação de vagas na unidade será realizada pelo sistema Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), com objetivo de agilizar o atendimento aos pacientes da região.
“Será uma grande estrutura de saúde, que ficará ao lado do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), ampliando o atendimento à população de Campinas e da região. O Governo de São Paulo exige que o terreno tenha a escritura no nome do Estado, por isso, precisamos fazer a doação”, contou o prefeito de Campinas, Dário Saadi.
A área doada tem aproximadamente 35 mil metros quadrados e fica entre a Avenida Prefeito Faria Lima e as ruas Pastor Cícero Canuto de Lima e Francisco de Assis Iglésias. No local, funcionava a CDVL (Coordenadoria Departamental de Veículos Leves), o antigo Deti, que foi transferido para o Jardim Novo Campos Elíseos.
A lei estabelece que a doação está condicionada ao cumprimento de dois encargos pelo Estado:
– A construção efetiva do hospital no local.
– A formalização da cessão de uso, para o Município, da área onde hoje funciona o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga (Caps AD Sudoeste).
A lei foi aprovada pela Câmara Municipal, sancionada e promulgada pelo prefeito Dário Saadi, e entra em vigor na data de sua publicação. Todas as despesas com a doação são de responsabilidade do Estado.
Estrutura do Hospital Metropolitano de Campinas
O projeto técnico do hospital foi apresentado pelo Estado durante reunião realizada com o Conselho de Desenvolvimento da RMC em julho. A estrutura de alta complexidade terá cerca de 400 leitos, organizados em unidades especializadas. A capacidade inclui 300 leitos de internação (clínica médica e cirúrgica) e 60 leitos de terapia intensiva (UTI adulto, pediátrica e para obesidade). O centro cirúrgico contará com oito salas preparadas para procedimentos de alta complexidade, como cardíacos, oncológicos e bariátricos.
O hospital também oferecerá serviços ambulatoriais, com 18 consultórios, um Hospital Dia e áreas de reabilitação pós-cirúrgica. O Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT) incluirá diagnóstico por imagem (ressonância, tomografia), radioterapia com dois aceleradores lineares e uma unidade de quimioterapia.
Para atendimento de urgência, haverá dois prontos-atendimentos especializados: um em oncologia e outro para demais patologias, ambos com leitos de observação e salas para pacientes críticos.
A estrutura ficará próxima a uma rede de serviços de saúde de Campinas, que inclui, além do AME, o Hospital Mário Gatti, a unidade pediátrica Mário Gattinho, o Centro de Referência de Diagnóstico em Oncologia (CDO)e o Caps AD Sudoeste.
Foto: Prefeitura de Campinas











