Agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (16) o desembargador do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) Macário Ramos Júdice Neto na 2ª fase da Operação Unha e Carne, a mesma que prendeu Rodrigo Bacellar, então presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).
Além disso, os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Eles foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O R7 tenta contato com os advogados de Júdice Neto, e o espaço permanece aberto para manifestação.
A operação investiga o vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro, quando o então deputado TH Joias foi preso.
“A ação se insere no contexto da decisão do STF no âmbito do julgamento da ADPF 635/RJ (ADPF das Favelas) que, dentre outras providências, determinou que a Polícia Federal conduzisse investigações sobre a atuação dos principais grupos criminosos violentos em atividade no estado e suas conexões com agentes públicos“, afirmou a PF.
Prisão de Bacellar
Na última quarta-feira (3), Bacellar foi preso pela PF pela suspeita de que ele tenha repassado ao deputado estadual TH Joias
Segundo a investigação, Bacellar não apenas alertou o aliado político como também o orientou sobre como agir para escapar da ação policial.
Na segunda-feira passada (8), o plenário da Alerj aprovou a soltura de Bacellar durante votação em sessão extraordinária. Foram 42 votos a favor e 21 contra. Houve duas abstenções.
Bacellar foi solto, mas o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), impôs medidas cautelares ao deputado, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.
Pela decisão, Bacellar deverá cumprir recolhimento domiciliar noturno das 19h às 6h de segunda a sexta-feira, e permanecer em casa aos finais de semana, feriados e dias de folga. Sessões e votações da Alerj permitem exceções, desde que justificadas em até 24 horas.
Na ocasião, Moraes também determinou:
- Afastamento do cargo de presidente da Alerj, enquanto durar a investigação;
- Entrega de todos os passaportes em 24 horas;
- Proibição de contato com os demais investigados;
- Suspensão imediata de qualquer documento que autorize o porte de arma de fogo, além de registros de colecionamento, tiro esportivo ou caça.
Na decisão, Moraes afirma que o descumprimento de qualquer medida cautelar implica revogação imediata da liberdade provisória, com nova decretação de prisão, além de multa diária de R$ 50 mil.
Fonte: R7
Foto: Divulgação/UFES/Arquivo











