Categoria reclama de baixos fretes, insegurança nas estradas e exige aposentadoria especial e estabilidade contratual
Caminhoneiros de diversas regiões do Brasil organizam uma paralisação nacional para a próxima quinta-feira (04), alegando condições de trabalho precárias, remuneração insuficiente e falta de segurança nas rodovias. Segundo informações apuradas pelo Portal Veloz, parceiro do R7,a mobilização busca pressionar por garantias como estabilidade contratual, revisão do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e concessão de aposentadoria especial para quem atua no setor.
Segundo lideranças como o caminhoneiro e influenciador digital Daniel Souza, o ato não tem caráter político-partidário e representa uma resposta ao “descaso histórico” da categoria: baixos valores de frete, falta de estrutura para cumprir normas vigentes e risco constante nas rodovias.
Entidades como a ACTRC avaliam que há mobilização suficiente para um movimento expressivo. Por outro lado, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que reúne dezenas de sindicatos de autônomos, afirma desconhecer convocação oficial para a greve e classifica como “precipitada” a expectativa de paralisação nacional.
Na região da Baixada Santista, parte dos caminhoneiros — especialmente autônomos do porto — rejeita a paralisação, alegando que não houve assembleia ou votação que deliberasse sobre a greve, e questionando motivações políticas por trás do movimento.
A expectativa, por ora, é de adesão fragmentada — o que dificulta prever se a paralisação terá escala nacional de fato, ou se se limitará a protestos pontuais em determinadas rotas. (Renan Isaltino)
Foto: arquivo P.V











