A farsa começou a ser desvendada quando o filho do proprietário do caminhão reconheceu o veículo nas imagens aéreas transmitidas pela imprensa
A Polícia Civil investiga as circunstâncias que levaram um motorista de caminhão a encenar um falso sequestro com explosivos no Rodoanel Mário Covas, em São Paulo. O caso, registrado na manhã de 12 de novembro, mobilizou equipes da Polícia Militar Rodoviária, do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) e helicópteros Águia, mas terminou com a confirmação de que o suposto artefato preso ao corpo do motorista era falso.
O caminhoneiro havia afirmado ter sido rendido por criminosos, amarrado na cabine e obrigado a permanecer com supostos explosivos ligados por fios. A carreta foi encontrada atravessada na pista, bloqueando totalmente o tráfego e provocando horas de interdição.
Após ser retirado pelos agentes do GATE e socorrido a um hospital, o motorista confessou que tudo não passou de uma armação. A farsa começou a ser desvendada quando o filho do proprietário do caminhão reconheceu o veículo nas imagens aéreas transmitidas pela imprensa e acionou as autoridades.
Peritos constataram que o artefato encontrado dentro da cabine era um simulacro, feito de papelão e fios, sem qualquer carga explosiva. A Polícia Civil trabalha agora para reconstruir a dinâmica do caso e entender o que motivou o motorista a criar a situação.
As autoridades avaliam diferentes hipóteses, entre elas tentativa de chamar atenção, problemas emocionais, tentativa de justificar atrasos ou até outras motivações ainda não esclarecidas. O motorista, que inicialmente afirmou não lembrar como teria sido rendido, deverá prestar novos depoimentos.
O episódio, que mobilizou forças especiais e gerou grande impacto no trânsito e na segurança pública, segue sob investigação para definir se o caminhoneiro agiu sozinho, se recebeu ajuda e se responderá criminalmente pela falsa comunicação de crime e pelos prejuízos causados durante a operação. (Renan Isaltino)
Foto: R7











