Portal Veloz

Entenda como a queda do Cloudflare derrubou parte da internet nesta terça-feira (18)

Instabilidade afeta plataformas populares e expõe dependência global de serviços que protegem e organizam o tráfego digital

A queda do Cloudflare na manhã desta terça-feira (18) provocou uma onda de instabilidades que atinge alguns dos maiores serviços da internet. Plataformas como X (antigo Twitter), ChatGPT, Amazon, Canva e até sites de monitoramento, como o DownDetector, ficaram indisponíveis ou apresentaram mensagens de erro durante boa parte da manhã.

O problema, reconhecido pela própria empresa em sua página global de status, gerou efeitos em escala mundial.

O que é o Cloudflare

Cloudflare é uma empresa de infraestrutura digital responsável por proteger e gerenciar o tráfego de mais de 24 milhões de sites. Seu principal serviço funciona como uma espécie de “escudo”, filtrando ataques cibernéticos, distribuindo conteúdo de forma inteligente e garantindo que páginas fiquem acessíveis mesmo diante de picos inesperados de acessos.

Em muitos casos, quando um site “cai”, na verdade é o Cloudflare, e não o endereço original, que enfrenta falhas.

Problemas nesta terça

De acordo com relatos compilados pelo DownDetector, os problemas começaram por volta de 8h50, no horário de Brasília. Paradoxalmente, o próprio DownDetector chegou a sair do ar, indicando que a instabilidade atingia sistemas fundamentais do ecossistema digital.

Nos primeiros relatos, plataformas como X exibiam mensagens de erro ao recarregar o feed, enquanto o ChatGPT alertava usuários para “desbloquear” uma ferramenta ligada ao Cloudflare, evidenciando a origem da falha.

Cloudflare reconhece problema

Na página oficial de incidentes da empresa, publicada às 8h48, o Cloudflare reconheceu “erros generalizados de 500” em sua rede global, além de falhas no painel de controle e na API.

No comunicado, a companhia afirmou estar investigando a extensão do problema e buscando mitigar seus efeitos. Em atualizações posteriores, repetiu que ainda avaliava o impacto total e mantinha equipes mobilizadas.

Entenda o erro

Esse tipo de erro, o chamado “500”, indica falhas no servidor responsável por processar requisições. Como milhões de sites dependem das ferramentas da empresa para funcionar, o efeito dominó se instalou rapidamente.

Em redes sociais, usuários de diferentes países relataram a impressão de que “a internet inteira tinha caído”. Em serviços protegidos pela plataforma, tentativas de carregamento resultavam em páginas em branco ou alertas de indisponibilidade.

Além de redes sociais e assistentes virtuais, outros serviços amplamente usados também apresentaram instabilidade. Em alguns casos, clientes do Cloudflare tiveram até dificuldade para abrir chamados de suporte, já que o próprio provedor de atendimento enfrentava problemas técnicos.

A repercussão foi imediata. No Brasil e no exterior, publicações se multiplicaram em redes como Threads, onde internautas brincaram sobre “alguém ter tropeçado nos cabos do servidor”. Já veículos internacionais, como BBC e New York Times, confirmaram que a falha era global e afetava setores variados — de redes sociais a jogos online, como League of Legends, além de serviços de streaming e empresas de inteligência artificial.

Dependência de poucos serviços

O episódio expõe, mais uma vez, o grau de dependência que a internet contemporânea tem de poucas companhias especializadas em infraestrutura. Assim como ocorreu semanas antes com a queda da AWS, a instabilidade do Cloudflare mostrou que, quando um serviço central falha, os efeitos se espalham de forma quase instantânea por toda a rede global.

Enquanto investiga as causas, o Cloudflare reforçou que novas atualizações seriam divulgadas ao longo do dia. A extensão dos danos e o tempo necessário para a normalização completa ainda não haviam foram confirmados pela empresa.

 

Fonte: R7

Foto: Reprodução/Cloudflare

×

Buscar no Portal Veloz