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Mudança da posição por comando da CPMI do INSS teve aval de cotado a ministro por Lula

União Brasil e PP, que ocupam quatro cadeiras da Esplanada, estavam cientes de ações que provocaram derrota ao Planalto

Além de negociações que avançaram pela madrugada anterior à instalação da CPI do INSS, o acordo que resultou em uma chapa alternativa para o comando da investigação contou com apoio de partidos integrantes do governo Lula.

As conversas envolveram o União Brasil e o Progressistas, que controlam quatro ministérios na Esplanada. Parlamentares desses grupos não se opuseram ao movimento que representou derrota para o Planalto, segundo apuração do R7.

Entre os que deram aval à articulação está o líder do União Brasil na Câmara, deputado Pedro Lucas (MA), anunciado em abril como futuro ministro das Comunicações, mas que recusou o convite antes da posse.

Na ocasião, ele afirmou: “Posso contribuir mais com o país e com o próprio governo na função que exerço na Câmara.”

Mesmo após a recusa, Pedro Lucas liberou a relatoria da CPI ao deputado Alfredo Gaspar (AL), sem submeter o gesto a nomes ligados ao governo. Apesar da decisão, o parlamentar nega rompimento com o Planalto e sustenta que a relação permanece inalterada.

O nome de Gaspar também recebeu o aval do presidente do partido, Antônio Rueda, no mesmo período em que ocorreu a federação com o Progressistas. As legendas prometeram discutir como primeira pauta se continuarão ou não integrando a base de apoio ao presidente Lula.

O que aconteceu na CPI?

A reviravolta na comissão destinada a investigar fraudes em benefícios previdenciários marcou a sessão de quarta-feira (20) e representou revés para o governo.

O senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente ao derrotar o aliado do Planalto, senador Omar Aziz (PSD-AM), por 17 votos a 14, em resultado que surpreendeu governistas.

Ao assumir, Viana designou como relator o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), contrariando a indicação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que defendia Ricardo Ayres (Republicanos-TO).

Próximos passos do Planalto

Aliados confirmam que a derrota fortaleceu a oposição no Congresso. Reservadamente, um líder próximo a Lula classificou o episódio como uma “bola nas costas”.

Randolfe Rodrigues (PT-AP), responsável pela articulação do Planalto no Congresso Nacional, admitiu falha de cálculo da base aliada: “Não procurem terceiros para responsabilizar. A culpa foi minha.”

Apesar do revés, deputados governistas avaliam que ainda existem caminhos para limitar a condução oposicionista dos trabalhos da comissão.

 

Perguntas e Respostas

Qual foi a mudança na posição do comando da CPI do INSS?

A mudança no comando da CPI do INSS ocorreu com a instalação de uma chapa alternativa que contou com o apoio de partidos integrantes do governo Lula, como o Uniã Brasil e o Progressistas.

Quais partidos estavam cientes das ações que provocaram a derrota ao Planalto?

Os partidos Uniã Brasil e Progressistas, que controlam quatro ministérios na Esplanada, estavam cientes das ações que resultaram em uma derrota para o Planalto.

Quem deu aval à articulação para a CPI do INSS?

O líder do Uniã Brasil na Câmara, deputado Pedro Lucas (MA), que foi anunciado como futuro ministro das Comunicações, mas recusou o convite, deu aval à articulação. Ele liberou a relatoria da CPI ao deputado Alfredo Gaspar (AL) sem consultar nomes ligados ao governo.

Como Pedro Lucas justificou sua recusa ao cargo de ministro?

Pedro Lucas afirmou que poderia contribuir mais com o país e com o governo na função que exerce na Câmara, em vez de assumir o cargo de ministro.

Qual foi o resultado da eleição para a presidência da CPI do INSS?

O senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente da CPI ao derrotar o aliado do Planalto, senador Omar Aziz (PSD-AM), por 17 votos a 14, surpreendendo os governistas.

Quem foi designado como relator da CPI e qual foi a controvérsia em torno dessa escolha?

O deputado Alfredo Gaspar (União-AL) foi designado como relator da CPI, contrariando a indicação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que defendia Ricardo Ayres (Republicanos-TO).

Como a derrota na CPI afetou a oposição no Congresso?

A derrota na CPI fortaleceu a oposição no Congresso, com aliados do governo reconhecendo que o episódio foi um revés significativo. Um líder próximo a Lula descreveu a situação como uma “bola nas costas”.

O que disse Randolfe Rodrigues sobre a falha da base aliada?

Randolfe Rodrigues (PT-AP), responsável pela articulação do Planalto no Congresso, admitiu que houve uma falha de cálculo da base aliada e assumiu a responsabilidade pelo ocorrido.

Os deputados governistas acreditam que ainda há opções após a derrota na CPI?

Sim, deputados governistas avaliam que ainda existem caminhos para limitar a condução oposicionista dos trabalhos da comissão, apesar do revés enfrentado.

 

Fonte: R7

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

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