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EUA qualificam Moraes como “tóxico” e reforçam advertência internacional

O judiciário declarou solidariedade ao ministro

 Nesta segunda-feira (18), o governo dos Estados Unidos intensificou sua postura contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em postagens no X (antigo Twitter), tanto o Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental quanto a Embaixada dos EUA no Brasil o retrataram como “tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados”.

O comunicado americano foi enfático ao alertar que “nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de descumpri-las”.

Além disso, o governo norte-americano determinou que cidadãos americanos não podem manter relações comerciais com o ministro. Para estrangeiros, o recado foi de cautela: “quem oferecer apoio material a violadores de direitos humanos também pode ser alvo de sanções”.

Contexto e consequências da sanção

Essa nova advertência surge após os EUA imporem sanções contra Alexandre de Moraes em 30 de julho de 2025, sob a Lei Global Magnitsky, acusando-o de autorizar detenções arbitrárias, censurar manifestações e promover ações politizadas, incluindo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

As sanções incluem o bloqueio de bens nos Estados Unidos e a proibição de transações com pessoas ou empresas norte-americanas.

Em resposta, Moraes declarou que seguirá com suas funções normalmente, afirmando que o STF não cederá a pressões externas e que concluirá os processos envolvendo o caso do “plano de golpe” até o fim do ano.

Repercussão diplomática e política

A reação no Brasil foi imediata. O judiciário declarou solidariedade ao ministro, enquanto lideranças políticas consideraram a sanção uma violação da soberania brasileira e uma ingerência inaceitável.

Paralelamente, os Estados Unidos impuseram tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, reação estreitamente vinculada ao curso da justiça brasileira no caso Bolsonaro, intensificando a crise diplomática.

O ministro Flávio Dino, do STF, determinou que atos de jurisdição estrangeira não têm efeito automático no Brasil, uma resposta institucional imediata à tentativa de legitimar as sanções no país. (Renan Isaltino)

Foto: R7

Fonte: Reuters, Agência Brasil

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