A taxa de desemprego no Brasil (5,8%) foi a menor da série histórica, iniciada em 2012, em 18 estados no segundo trimestre de 2025. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
As quedas foram registradas em:
- Santa Catarina (de 3% para 2,2%)
- Goiás (5,3% para 4,4%)
- Espírito Santo (4% para 3,1%)
- Rio Grande do Sul (5,3% para 4,3%)
- Mato Grosso do Sul (4% para 2,9%)
- São Paulo (6,3% para 5,1%)
- Rio de Janeiro (9,3% para 8,1%)
- Ceará (8% para 6,6%)
- Maranhão (8,1% para 6,6%)
- Alagoas (9% para 7,5%)
- Amapá (8,6% para 6,9%)
- Piauí (10,2% para 8,5%)
- Paraíba (8,7% para 7%)
- Minas Gerais (5,7% para 4%)
- Pará (8,7% para 6,9%)
- Bahia (11,1% para 9,1%)
- Amazonas (10% para 7,7%)
- Rio Grande do Norte (9,9% para 7,5%)
Segundo o levantamento, as outras 9 Unidades da Federação mantiveram estabilidade no período.
As maiores taxas foram de desocupação foram registradas em Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%).
O índice teve uma redução de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre de janeiro a março (7%), e de 1,1 ponto percentual no mesmo período de 2024 (6,9%).
A taxa de desocupação foi de 4,8% para os homens e 6,9% para as mulheres no segundo trimestre de 2025. Por cor ou raça, essa taxa ficou acima da média nacional para os brancos (4,8%) e abaixo para os pretos (7%) e pardos (6,4%).
No período, havia 1,3 milhão de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais, o menor contingente da série para um segundo trimestre desde 2014 (1,2 milhão).
Esse indicador recuou 23,6% em relação ao segundo trimestre de 2024.
Informalidade
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 37,8% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%) e as menores, com Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%).
A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.
Desalentados e subutilização
O percentual de desalentados foi de 2,5%. Maranhão (9,3%), Piauí (7,1%) e Alagoas (6,9%) tinham os maiores percentuais, enquanto os menores estavam em Santa Catarina (0,3%) e Mato Grosso do Sul (0,8%).
Essa categoria é classificada como todos aqueles com mais de 14 anos que estavam fora do mercado de trabalho e não haviam realizado busca efetiva por uma colocação.
Já a taxa de subutilização, que calcula o percentual de desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, e a força de trabalho potencial, ficou em 14,4%.
Piauí (30,2%) teve a maior taxa, com Bahia (27,0%) e Sergipe (26,0%) a seguir. As menores taxas foram de Santa Catarina (4,4%), Mato Grosso (6,8%) e Espírito Santo (7,1%).
Rendimento
O rendimento real mensal habitual foi de R$ 3.477. Houve alta nas duas comparações: frente ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.440) e ante o mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.367).
Na comparação trimestral, o Sudeste (R$ 3.914) foi a única região com alta estatisticamente significante do rendimento, enquanto nas demais houve estabilidade.
Em relação ao segundo trimestre de 2024, o rendimento cresceu no Sudeste e no Sul (R$ 3.880), com estabilidade nas demais regiões.
Fonte: R7
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil