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Saúde de Campinas promove capacitação sobre endometriose e síndrome de Rokitansky

Evento realizado no Salão Vermelho da Prefeitura nesta terça-feira, 24 de junho, debateu sobre importância de qualificação de diagnóstico e acompanhamento de pacientes

 A Secretaria de Saúde de Campinas promoveu nesta terça-feira, 24 de junho, uma capacitação sobre endometriose e síndrome de Rokitansky direcionada aos profissionais de saúde das redes pública e particular. A iniciativa no Salão Vermelho ocorreu em parceria com o Instituto Roki e o Caism da Unicamp com objetivo de qualificar a assistência.

O prefeito Dário Saadi acompanhou o evento e destacou a importância do evento conduzido pela Área de Assistência à Saúde da Mulher em Campinas, sob coordenação da médica Miriam Nobrega.

“É importante os profissionais que cuidam da saúde da mulher serem capacitados cada vez mais para poder conduzir adequadamente as mulheres que têm endometriose. E no caso da síndrome Rokitansky, a importância é chamar a atenção”, destacou o prefeito.

Campinas possui desde maio de 2022 um Programa Municipal de Divulgação, Prevenção e Tratamento da Endometriose. O projeto de lei foi elaborado pelo secretário de Habitação Luiz Henrique Cirilo, vereador à época das discussões na Câmara Municipal. Ele esteve na mesa de abertura do encontro ao lado do secretário de Saúde Lair Zambon.

Conteúdos da capacitação

A professora do Departamento de Tocoginecologia da Unicamp Daniela Yela fez a primeira apresentação do evento e tratou sobre endometriose. A doença é uma condição ginecológica na qual o tecido que normalmente reveste a parte de dentro do útero, chamado endométrio, cresce fora, principalmente na região pélvica. Esse deslocamento pode provocar reação inflamatória crônica e há prevalência de 5% a 15% das mulheres em idade reprodutiva, segundo o Ministério da Saúde.

“A endometriose afeta muito a qualidade de vida das mulheres e um grande problema, às vezes, é o diagnóstico. Estudos mostram que, às vezes, as pacientes demoram até oito ou dez anos para fazer esse diagnóstico. E, com isso, são anos de sofrimento que as mulheres têm. Então acho que é importante os profissionais conhecerem qual a forma adequada de fazer diagnóstico, um diagnóstico precoce e, dessa forma, poder dar o tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida delas”, ressaltou Daniela.

Já a médica dermatologista Cláudia Melotti, cofundadora do Instituto Roki, tratou sobre a síndrome de Rokitansky e a validação de um protocolo que deve ser usado na cidade para aprimorar diagnóstico e seguimento. A síndrome é uma condição congênita rara que afeta mulheres, caracterizada pela ausência ou desenvolvimento incompleto do útero e parte superior da vagina.

“As meninas que não menstruam ou têm dor na relação sexual merecem investigação, diagnóstico e seguimento adequado. Então, o Instituto Roki, junto com a Prefeitura de Campinas, está trazendo essa capacitação sobre uma síndrome que muitas vezes é invisível e não conhecida pela população”, falou.

O Instituto Roki foi criado em 2020, em São Paulo, com o propósito de acolher mulheres com síndrome de Rokitansky e familiares. O objetivo da instituição é ajudar mulheres com diagnóstico, tratamento, questões relacionadas à sexualidade e à maternidade, oferecer suporte emocional e psicológico, etc.

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