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Prefeitura de Limeira presta contas do orçamento do primeiro quadrimestre em audiência pública na Câmara

Para prestar contas do cumprimento das metas fiscais do orçamento municipal referentes ao primeiro quadrimestre de 2025, de janeiro a abril, foi realizada uma audiência pública na Câmara Municipal de Limeira nesta terça-feira, 27 de maio. As informações foram apresentadas pela secretária adjunta de Fazenda, Andreia Vilas Boas. Segundo ela, o Município arrecadou 91,01% da receita prevista para o período. Em relação às despesas, destacou que o Executivo está realizando seus pagamentos em dia.

As metas fiscais demonstram as expectativas de arrecadação de receita e de custeio de despesas estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), proposta pela Prefeitura e aprovada pela Câmara Municipal. A cada quatro meses, a Prefeitura apresenta aos munícipes e vereadores se essas projeções foram cumpridas e se as contas municipais estão em equilíbrio.

A organização da audiência foi feita pela Comissão de Orçamento e Fiscalização do Executivo da Câmara, composta pelos vereadores Lu Bogo (PL), presidente; e Estevão Nogueira (Avante), vice-presidente. Além dos membros da Comissão, participaram o presidente do Legislativo, Everton Ferreira (PSD), e o secretário de Fazenda, Valmir Barreira.

A audiência foi transmitida pelos canais de comunicação da Casa e pode ser conferida na íntegra neste link. As informações também foram registradas em ata.

Receitas

O orçamento previsto para 2025 é de R$ 2.004 bilhões. A receita arrecadada pela Prefeitura para o primeiro quadrimestre foi de R$ 617.764 milhões, totalizando 91,01% do valor previsto para o período.

Durante a apresentação, Andreia informou aos vereadores que na última sexta-feira, dia 23 de maio, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo emitiu um alerta para o Município quanto à arrecadação desfavorável, e orientou que, se a Prefeitura não estiver atingindo a meta estabelecida para as receitas, é necessário adotar mecanismos de controle.

Em relação ao ano anterior, também referente ao período de janeiro a abril, o valor arrecadado foi de R$ 599 milhões, representando um crescimento na arrecadação de 3,13% em 2025.

Os tributos geradores de receitas para o município são o ICMS (R$130.234.437,53), IPVA (R$84.824.141,28), Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) (R$68.768.774,82), ISS (R$63.456.692,83), IPTU (R$62.231.329,27) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) (R$47.911.873,65). A arrecadação de tributos atingiu somente 88,85% da meta estabelecida para o período.

A secretária adjunta também apontou que o primeiro quadrimestre é o período de maior arrecadação do município. “Se ele já está sinalizando uma deficiência, isso chama ainda mais a atenção e será um desafio de como chegaremos a dezembro com tudo isso”, ressaltou.

Despesas 

As despesas correspondem aos valores que custeiam os serviços oferecidos pela Prefeitura nas diversas áreas, como saúde, educação, zeladoria e obras. Andreia explicou que há três fases para a despesa: empenho (ato formal que reserva parte do orçamento para uma despesa, como a compra de um produto ou a contratação de um serviço), liquidação (momento em que se confirma que o bem foi entregue ou o serviço foi prestado conforme o contratado) e realizado (o pagamento efetivo ao fornecedor ou prestador de serviço).

Para o primeiro quadrimestre de 2025, o valor realizado foi de R$ 497.049 milhões, equivalente a 24,80% do que o Executivo havia previsto para o período. “Podemos perceber que a despesa vista pelo valor realizado está em um nível controlado, principalmente porque, sabendo da situação financeira do município, nós passamos a segurar mais as despesas”, disse a representante da Fazenda, destacando que, pelos números, é possível observar que a Prefeitura está realizando seus pagamentos em dia.

Dentre as principais despesas do município estão os valores destinados para custear a educação (R$129.075.964,83); saúde (R$131.534.998,13); obras e serviços públicos (R$34.345.011,53); Fazenda, responsável pelo pagamento das dívidas da Prefeitura (R$74.654.092,27), mobilidade urbana (R$30.183.598,46); segurança pública e defesa civil (R$16.089.762,86); urbanismo (R$3.003.994,40); e esporte e lazer (R$4.113.716,85).

Limites constitucionais

A Constituição Federal determina a obrigatoriedade de aplicar percentuais mínimos da receita e transferências de impostos na saúde (15%) e na educação (25%). Para a saúde a porcentagem alcançada pelo Município em relação aos valores pagos até abril foi de 10,57%; já para a educação o percentual pago corresponde a 18,98%.

Quanto à aplicação dos recursos do Fundeb, os limites obrigatórios são de 70% para os profissionais da educação básica. Os valores pagos pela Prefeitura representam 74,04%. “Hoje nós aplicamos 100% dos recursos do Fundeb para o pagamento dos professores e ainda não é suficiente, é preciso complementar com os recursos do Município”, pontuou Andreia.

Outro limite estabelecido é do gasto com as despesas de pessoal, estabelecido em 54% da receita corrente líquida, excetuando as transferências obrigatórias da União referentes às emendas de bancada. De acordo com a apresentação, as despesas com pessoal alcançaram 40,19% do orçamento, ou seja, o índice ficou abaixo do limite estabelecido pela Constituição.

A legislação também estabelece o limite de endividamento do Município em até 120% da receita corrente líquida. No primeiro quadrimestre deste ano, a dívida consolidada líquida de Limeira representou 15,48% da receita. No mesmo período em 2024 era 21,20%, e em 2023, 15,74%.

 

Foto: Câmara de Limeira

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