A recomendação oficial é de que a população evite deslocamentos e permaneça em casa
O governo argentino mobilizou as Forças Armadas e de segurança nacional para conter os impactos de uma intensa tempestade que atingiu, entre sexta-feira (16) e sábado (17), o oeste e o norte da província de Buenos Aires. As chuvas, que somaram até 280 milímetros em 24 horas, provocaram inundações severas e forçaram a retirada de aproximadamente 2 mil pessoas de suas casas.
O Comando de Operações de Emergência (COE) foi instalado na cidade de Zárate, a 84 km da capital, para coordenar o atendimento nas regiões mais afetadas, que incluem também Exaltación de la Cruz, San Antonio de Areco, Arrecifes e Campana. Cerca de 150 mil pessoas vivem nas três principais cidades impactadas. O Ministério da Defesa enviou 100 militares da Marinha, caminhões, ambulâncias, barcos de patrulha e botes infláveis para auxiliar nos resgates e evacuações.
De acordo com o governo provincial, 26 municípios já relataram danos significativos. Pelo menos oito rodovias, entre estaduais e federais, permanecem interditadas por inundações. A recomendação oficial é de que a população evite deslocamentos e permaneça em casa até que as condições climáticas melhorem.
Na capital Buenos Aires, também fortemente atingida, choveu o equivalente ao dobro da média histórica de maio — cerca de 170 milímetros em poucas horas. Apesar dos alagamentos pontuais, a prefeitura informou que mais de 2.300 agentes continuam mobilizados para mitigar os efeitos da tempestade. A Defesa Civil atua com equipes de águas pluviais e poda de árvores.
O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) emitiu alerta vermelho para cerca de dez municípios, prevendo novas tempestades com rajadas intensas de vento, atividade elétrica e chuvas volumosas em curto espaço de tempo. O fenômeno climático remete às enchentes de março, que causaram 17 mortes e deixaram 1.700 desabrigados em Bahía Blanca.
As autoridades seguem em alerta máximo e trabalham para garantir segurança às populações afetadas, enquanto monitoram a evolução do quadro meteorológico. (Renan Isaltino)
Fonte: Reuters
Foto: reprodução redes sociais
