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Tentativa de golpe: defesas miram Bolsonaro, Cid e até Moraes para afastar culpa de réus

Ingressos mais caros, Taylor Swift e sucessor de Tom Brady: o que esperar da NFL no Brasil?

DEIC e GCM de Cordeirópolis prendem quadrilha e recuperam R$ 40 mil em cargas roubadas

Brasil joga bem no Maracanã e derrota Chile pelas Eliminatórias

Industriais buscam parceiros nos EUA para tentar reverter tarifaço

Adolescente é agredido por colegas dentro da Escola Estadual Brasil em Limeira

Dia: 5 de setembro de 2025

Tentativa de golpe: defesas miram Bolsonaro, Cid e até Moraes para afastar culpa de réus

Na fase final do processo sobre a trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal), advogados de defesa dos réus do “núcleo crucial” apostam em estratégias diferentes para inocentar seus clientes. Os primeiros dias do julgamento, iniciado na última terça-feira (2), foram marcados por críticas à delação do tenente-coronel Mauro Cid, à conduta do ministro Alexandre de Moraes e ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o advogado criminalista Guilherme Augusto Mota, no geral, os argumentos usados pelas defesas tentaram “reduzir a percepção de responsabilidade” dos réus. “Em síntese, o núcleo crucial apresenta uma pluralidade de estratégias que transitam entre o plano processual, o material e o probatório, mas o denominador comum é o esforço de minimizar a centralidade da conduta de cada réu diante de uma narrativa acusatória que concentra responsabilidade no círculo mais próximo ao ex-presidente”, analisa. Ele comenta que a defesa do ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira, por exemplo, tentou afastar a ideia de participação do plano golpista, explicando que ele não teve intenção de participar do plano nem teve ligação direta com o que aconteceu. “Em contrapartida, figuras como Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto carregam maior ônus, já que a narrativa acusatória os coloca no centro do núcleo decisório. Nesses casos, teses meramente formais — como nulidades ou impugnações à colaboração premiada — dificilmente bastam se não houver demonstração robusta de inconsistências probatórias”, disse. Na visão da advogada especialista em direito constitucional Vera Chemin, a defesa dos réus tentou minimizar as acusações da PGR (Procuradoria-Geral da República) através de críticas relacionadas à delação premiada de Cid, um ponto comum entre todos os argumentos. “A maioria dos advogados partiu do pressuposto de inevitável condenação de seus clientes, procurando atenuar as suas penas, por meio do chamado princípio da consunção, em que um crime (crime-meio) é cometido para chegar a um fim (crime-fim)”, completou Vera. Críticas a Mauro Cid O advogado Demóstenes Torres, que representa o almirante Almir Garnier, disse que a colaboração de Cid não pode ser validada diante da falta de lealdade no cumprimento do acordo. Segundo ele, o próprio Ministério Público descreveu o delator com “epítetos desairosos”, como “omisso, resistente às obrigações pactuadas e faltoso com a verdade”. Para o advogado, é incongruente a tentativa da PGR de manter a validade da delação sem garantir os benefícios previamente ajustados. Na mesma linha, o advogado José Luís Mendes, que atua na defesa do general Braga Netto, afirmou que o militar foi coagido em seu depoimento e a contribuição dele à Justiça não é válida. A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, questionou confiabilidade da delação de Mauro Cid. “De 15 a 16 depoimentos, Mauro Cid mudou de versão diversas vezes. E isso não sou eu que estou dizendo, é o Ministério Público Federal e a Polícia Federal que apontam inúmeras contradições”, lembrou o advogado Celso Vilardi. Relação com Bolsonaro e críticas às instituições Para tentar distanciar os clientes dos crimes, as defesas do general Augusto Heleno e de Paulo Sérgio Nogueira apostaram em argumentos sobre a relação dos réus com Jair Bolsonaro. O advogado Matheus Milanez, que representa Heleno, procurou deixar explícito que o general havia se distanciado do ex-presidente, por isso não sabia de nenhum plano para tentativa de golpe. Além disso, Milanez criticou a atuação da Polícia Federal na organização das provas do processo e a conduta de Moraes, chamando o ministro de “juiz inquisidor”. “Um rompimento implicaria na saída do general do governo. O que ocorreu, na verdade, foi um afastamento do núcleo decisório. O general deixou de participar da cúpula do Executivo, embora tenha permanecido como ministro e no governo. Contudo, devido ao alinhamento político do presidente, ele foi gradualmente afastado dessa cúpula. A testemunha relatou que, antes, o general acompanhava o presidente de perto, participava de reuniões e conversava com ele. Essa participação foi diminuindo ao longo do mandato. Uma das testemunhas, inclusive, mencionou que o general perdeu influência sobre o presidente. Diante disso, o general não participou de qualquer discussão golpista, em nossa avaliação”, disse. O argumento usado pela defesa de Paulo Sérgio Nogueira focou em um tom mais firme na “inocência” do militar, jogando a responsabilidade dos crimes para Bolsonaro. O advogado do ex-ministro disse que seu cliente tentou demover o ex-presidente de tentativas de golpe de Estado. Cerceamento de defesa e provas O cerceamento de defesa foi um dos pontos-chave defendidos pelos advogados de Bolsonaro, que alegaram não ter acesso a todas as provas e que alguns documentos não chegaram a tempo para habilitação das suas teses. Além disso, Celso Vilardi apontou que não há provas ligando o ex-presidente ao 8 de Janeiro. “O presidente foi arrastado para esses fatos”, disse. Julgamento O terceiro dia de julgamento está marcado para próxima terça-feira (9), quando os ministros vão apresentar seus votos.O caso será julgado até 12 de setembro. Perguntas e Respostas Qual é o foco das defesas dos réus no julgamento sobre a trama golpista? As defesas dos réus estão utilizando estratégias diferentes para inocentar seus clientes, buscando reduzir a percepção de responsabilidade deles em relação à narrativa acusatória que centraliza a culpa no círculo próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Quais críticas foram feitas durante os primeiros dias do julgamento? As críticas se concentraram na delação do tenente-coronel Mauro Cid, na conduta do ministro Alexandre de Moraes e na atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Como a defesa do ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira se posicionou? A defesa de Paulo Sérgio Nogueira argumentou que ele não teve intenção de participar do plano golpista e não teve ligação direta com os eventos ocorridos. Qual é a situação de Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto no julgamento? Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto enfrentam maior ônus, pois a narrativa acusatória os coloca no centro do núcleo decisório. As defesas deles precisam apresentar demonstrações robustas de inconsistências probatórias para contestar as acusações. Como a defesa dos réus está lidando com as acusações da PGR? A defesa tentou minimizar as acusações da PGR, criticando a delação premiada de Cid e buscando atenuar as penas de seus clientes, partindo do pressuposto de que a

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Ingressos mais caros, Taylor Swift e sucessor de Tom Brady: o que esperar da NFL no Brasil?

Kansas City Chiefs e Los Angeles Chargers fazem segunda edição do evento de futebol americano em São Paulo, nesta sexta-feira (5) Kansas City Chiefs e Los Angeles Chargers fazem a segunda edição do São Paulo Game da NFL (National Football League), nesta sexta-feira (5), na Neo Química Arena, às 21h. A partida válida pela primeira rodada da liga mais prestigiada de futebol americano do mundo vai reunir alguns dos principais nomes do esporte, como Patrick Mahomes, quarterback dos Chiefs considerado o sucessor de Tom Brady na liga. Os Chiefs chegaram ao Super Bowl nos últimos três anos e venceram duas vezes, tornando-se uma das principais equipes na disputa pelo título na NFL. Em 2025, a equipe perdeu a grande final para o Philadelphia Eagles por 40 a 22. Enquanto os Chargers vivem um momento de reconstrução, chegando aos playoffs da NFL nas temporadas de 2022 e 2024. A principal estrela da franquia é o quarterback Justin Herbert, recordista de jardas passadas nos primeiros cinco anos de carreira. Ingressos mais caros Na estreia do evento no Brasil, em 2024, o Philadelphia Eagles venceu o Green Bay Packers diante de um público de mais de 47 mil torcedores. A expectativa é de uma adesão ainda maior neste ano, apesar de os ingressos estarem 35% mais caros neste ano. As entradas mais baratas podem ser encontradas por mais de R$ 750. Nas áreas mais privilegiadas da arena, os valores ficam entre R$ 825 e R$ 5000. Ainda assim, o primeiro lote de vendas se esgotou em apenas quatro horas e ainda podem ser encontradas filas online para compras de ingressos no site oficial do evento. Hino cantado pela Boiadeira e show de intervalo Além de ser um celebrado evento esportivo, a NFL é conhecida por ser um palco importante da música nos Estados Unidos, e não seria diferente no evento do Brasil. Seguindo as tradições do exterior, o hino nacional será cantado por uma das celebridades mais popularidades do país atualmente: Ana Castela. Enquanto a missão de cantar o hino norte-americano ficará a cargo do cantor Kamasi Washington. O show do intervalo será comandado pela colombiana Karol G. Taylor Swift na Arena Corinthians pela primeira vez? Tudo leva a crer que Taylor Swift estará em São Paulo para acompanhar o noivo Travis Kelce, tight end dos Chiefs. A informação que circula nos bastidores é de que a NFL teria preparado um esquema de segurança especial para receber a cantora, que esteve no Brasil pela última vez em novembro de 2023 para a The Eras Tour. Se confirmada a presença de Taylor, essa será a primeira vez dela na Neo Química Arena, casa do Corinthians, clube com o qual a cantora tem uma “relação especial”. Desde o início da carreira da artista, ela tem trazido sorte ao Timão. Os torcedores costumam brincar que toda vez que Taylor lança um álbum, o Corinthians vence uma partida. Com o lançamento do álbum The Life of a Showgirl, em 3 de outubro, os corintianos já estão ansiosos para a confirmação de mais uma vitória na reta final do Brasileirão e da Copa do Brasil.   Fonte: R7 Foto: Reprodução/@patrickmahomes/@justinherbert – Montagem R7

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DEIC e GCM de Cordeirópolis prendem quadrilha e recuperam R$ 40 mil em cargas roubadas

Uma operação realizada nesta quinta-feira (4), fruto do trabalho conjunto entre a DEIC de Piracicaba e o setor de inteligência da Guarda Civil Municipal de Cordeirópolis, resultou na prisão em flagrante de quatro integrantes de uma quadrilha especializada na subtração de cargas mediante fraude, além da recuperação integral de duas cargas, totalizando mais de R$ 40 mil em mercadorias. A ação ocorreu na cidade de São Paulo, e a empresa vítima, sediada em Cordeirópolis, não sofreu qualquer prejuízo financeiro. O caso teve início quando representantes da empresa procuraram diretamente a DEIC para relatar a fraude na retirada de uma carga de alto valor, obtida por meio do uso de identidade empresarial falsa. Ao tomar ciência do fato, a equipe da DEIC articulou-se com o setor de inteligência da GCM de Cordeirópolis — com quem mantém cooperação técnica ativa desde fevereiro deste ano — e passou a desenvolver um plano de ação com base nas informações colhidas. Durante as diligências, foi identificada a iminência de nova retirada fraudulenta, com o mesmo padrão. O caminhão monitorado, em vez de seguir para o destino previsto — Itapira (SP) —, dirigiu-se à zona norte da capital paulista, onde foi flagrado transbordando a carga em um imóvel localizado na região da Brasilândia. Com base nas informações levantadas pela GCM e pela investigação em curso, a DEIC realizou a abordagem no momento do descarregamento. Foram presos em flagrante quatro indivíduos — dois residentes em Ribeirão Pires e dois na Brasilândia, zona norte da capital. Durante a operação, também foi localizada a carga anterior subtraída no mesmo imóvel, além de materiais utilizados pela quadrilha, demonstrando que o local já funcionava como ponto de apoio logístico para a organização. A quadrilha utilizava um sistema sofisticado de fraude, com uso de documentação falsificada e pontos de transbordo em áreas urbanas, agindo com divisão clara de tarefas e alto grau de organização. “Essa ação é reflexo direto da integração entre a DEIC e a GCM de Cordeirópolis. A resposta rápida foi possível porque há troca constante de informações e confiança mútua entre as equipes. O resultado foi a prisão de todos os envolvidos e o resgate integral dos bens”, afirmou o secretário municipal de Segurança Pública de Cordeirópolis, Carlos Alberto Avi. Agora, as investigações continuam para identificar possíveis conexões da quadrilha com outras ocorrências semelhantes em Cordeirópolis e cidades da região, com o objetivo de responsabilizar os envolvidos por todos os crimes cometidos.

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Brasil joga bem no Maracanã e derrota Chile pelas Eliminatórias

Na última atuação diante da torcida brasileira pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, o Brasil derrotou o Chile por 3 a 0, na noite desta quinta-feira (4) no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. O confronto, que foi válido pela 17ª rodada da competição, foi transmitido ao vivo pela Rádio Nacional. Grande vitória da @CBF_Futebol 🇧🇷 no último jogo como mandante nas #EliminatoriasSudamericanas ✌️😌 pic.twitter.com/zzSHbcdS9I — CONMEBOL.com (@CONMEBOL) September 5, 2025 Com os três pontos conquistados nesta quinta, a equipe comandada pelo técnico italiano Carlo Ancelotti, que já entrou em campo classificada para a próxima edição do Mundial, chega à última rodada das Eliminatórias ocupando a 2ª posição da classificação com 28 pontos. Ataque contra defesa A seleção brasileira entrou em campo com grande favoritismo diante de um Chile que ocupa a lanterna das Eliminatórias. Diante de um adversário claramente inferior, Carlo Ancelotti armou o Brasil com um quarteto de ataque formado por Gabriel Martinelli, João Pedro, Estêvão e Raphinha. Tanto por opção tática como por característica dos jogadores, o ataque do Brasil se movimentou muito desde os primeiros minutos, o que criou muitas dificuldades para a defesa de um adversário que pouco criava. E foi em uma trama coletiva dos atacantes brasileiros que a seleção abriu o placar aos 37 minutos do primeiro tempo. Em rápido contra-ataque pela esquerda, o lateral Douglas Santos tabelou com João Pedro antes de tocar para Raphinha, que chutou para defesa parcial do goleiro Vigouroux. Estêvão aproveitou então a bola que sobrou para acertar uma meia bicicleta para abrir o marcador. Vantagem brasileira no primeiro tempo! 🏟️ 🇧🇷 1-0 🇨🇱#EliminatoriasSudamericanas pic.twitter.com/8AJfvQ3Y9c — CONMEBOL.com (@CONMEBOL) September 5, 2025 Apesar de tamanho domínio do Brasil, o Chile teve uma ótima oportunidade um pouco antes do intervalo, quando o zagueiro Paulo Díaz subiu com liberdade para cabecear e obrigar o goleiro Alisson a fazer grande defesa. No início da etapa final a seleção brasileira teve o seu pior momento no confronto, oferecendo espaços para um Chile que passou a se arriscar mais no ataque. Percebendo que sua equipe começava a perder o controle da partida, o técnico Carlo Ancelotti fez duas mudanças que deram nova vida ao Brasil: a entrada de Lucas Paquetá no lugar de Gabriel Martinelli e a de Luiz Henrique na vaga de Estêvão. E eles precisaram de apenas 40 segundos para mostrarem seu poder de decisão. Luiz Henrique fez grande jogada individual pela ponta esquerda e cruzou na cabeça de Paquetá, que escorou para o fundo do gol defendido por Vigouroux. O Maraca já virou Baile! 🏟️#EliminatoriasSudamericanas pic.twitter.com/NuFhAom7Ti — CONMEBOL.com (@CONMEBOL) September 5, 2025 A partir daí os mais de 57 mil torcedores presentes no estádio do Maracanã passaram a incentivar ainda mais a seleção, que voltou a mandar no confronto e chegou ao terceiro aos 30 minutos. Luiz Henrique (que mostrou que merece mais minutos na seleção) voltou a fazer uma grande jogada individual, desta vez pela direita, e bateu forte para a bola explodir no travessão. O volante Bruno Guimarães teve apenas o trabalho de escorar para deixar o seu. Próximo compromisso O Brasil volta a entrar em ação na próxima terça-feira (9), quando mede forças com a Bolívia, a partir das 20h30 (horário de Brasília), no Estádio Municipal de El Alto, na cidade de El Alto.   Fonte: Agência Brasil Foto: Reuters/Sergio Moraes

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Industriais buscam parceiros nos EUA para tentar reverter tarifaço

Industriais brasileiros articulam com empresários estadunidenses uma ação conjunta para pressionar o governo de Donald Trump a negociar o tarifaço com o governo do Brasil. Os industriais estão nos Estados Unidos em uma comitiva liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Participam da missão os dirigentes das federações das indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Paraná (FIEP), Paraíba (FIEPB), Rio de Janeiro (FIRJAN), Rio Grande do Norte (FIERN), Santa Catarina (FIESC), Goiás (FIEG) e São Paulo (FIESP). “O setor industrial brasileiro articulou com parceiros americanos para que também pressionem o governo dos EUA em busca de um consenso para superar a crise. Estamos trabalhando juntos para que ambos os governos se sentem à mesa e encontrem uma saída para esse impasse”, afirmou o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe. Além dos representantes de associações de setores industriais, a missão internacional da CNI, que teve encontros em Washington, capital dos EUA, ontem e nesta quinta-feira (4), conta com aproximadamente 80 empresários brasileiros e 50 norte-americanos. “O resultado imediato é o fortalecimento da sinergia entre empresários e a construção de um trabalho conjunto que renderá frutos. Acredito que esse esforço em cada país será capaz de mobilizar forças políticas na direção correta para superarmos essa crise”, acrescentou Roscoe. De acordo com o presidente da FIEG, André Rocha, a intenção da ação dos empresários é a de conseguir reduzir as taxas ou aumentar a lista de produtos isentos do tarifaço. “Estamos tratando com as contrapartes, com a Câmara de Comércio Americana, a US Chamber, justamente para tentar reduzir as tarifas ou conseguir também uma nova lista de exceção”. Enfrentar equívocos políticos O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que a missão busca estabelecer critérios técnicos para a negociação, mas também combater equívocos de ordem política entre os dois países.  “O que nós queremos aqui é garantir uma porta de diálogo, garantir que uma mesa de negociação possa existir e que nessa mesa os argumentos técnicos, comerciais e econômicos possam ter a sua preferência, possam ter a sua importância e, com isso, nós criarmos alternativas para enfrentar possíveis entendimentos ou equívocos que vêm da ordem política ou geopolítica”, disse. Interferência política O tarifaço faz parte de uma série de ações dos Estados Unidos para tentar interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados pela tentativa de golpe de Estado. A atuação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, que está morando nos Estados Unidos, em favor das sanções contra o Brasil e autoridades brasileiras, passou a ser investigada pela Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República. Os norte-americanos abriram uma investigação comercial contra o Brasil e adotaram tarifas de 50% sobre importações de produtos brasileiros, patamar entre os mais altos anunciados até agora na guerra comercial promovida por Donald Trump. Além disso, o mandatário assinou uma Ordem Executiva (OE) em que considera o Brasil uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional dos EUA, classificação semelhante à adotada contra países considerados hostis a Washington, como Cuba, Venezuela e Irã. Medidas do governo brasileiro O governo federal anunciou no último dia 13 uma série de medidas de apoio às empresas, aos exportadores e trabalhadores afetados pelas sobretaxas impostas pelos Estados Unidos contra os produtos brasileiros. Chamadas de Plano Brasil Soberano, as medidas pretendem fortalecer o setor produtivo; proteger os trabalhadores; e avançar em soluções diplomáticas, comerciais e multilaterais. Entre as principais ações, estão novos linhas de crédito. Apenas do Fundo Garantidor de Exportações serão R$ 30 bilhões, conforme anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os recursos serão usados como funding para a concessão de crédito com taxas acessíveis e, também, para ampliar as linhas de financiamento às exportações. Empresas mais afetadas terão preferência para obter crédito, levando em conta a dependência do faturamento em relação às exportações para os EUA; tipo de produto; e o porte de empresa. No caso das pequenas e médias empresas, elas também poderão recorrer a fundos garantidores para acessar o crédito. O governo ressalta que o acesso às linhas estará condicionado à manutenção dos empregos. Estão previstos, também, aportes de R$ 4,5 bilhões em fundos garantidores; e R$ 5 bilhões em crédito pelo novo Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários (Novo Reintegra).   Fonte: Agência Brasil Foto: CNI/Divulgação

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