Dário Saadi representou a Região Metropolitana de Campinas na apresentação do plano estadual que vai guiar políticas urbanas e habitacionais no estado  O prefeito de Campinas, Dário Saadi, participou nesta segunda-feira, 12 de maio, na Universidade de São Paulo (USP), do lançamento dos Cadernos Temáticos do PDUH 2040 (Plano de Desenvolvimento Urbano e Habitacional) do Governo do Estado de São Paulo. O objetivo da iniciativa é orientar as políticas públicas de desenvolvimento urbano e habitação social nos municípios paulistas pelos próximos 15 anos.  Campinas representa RMC em evento estadual  Dário representou a Região Metropolitana de Campinas (RMC) na mesa de abertura, ao lado de autoridades como o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan; os diretores da CDHU, Nédio Roselhi e Maria Cláudia Pereira; o subsecretário de Desenvolvimento Urbano, José Police Neto o prefeito de Rio Claro, Gustavo Perissinotto, atual presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Piracicaba.  Durante o evento, o subsecretário Police Neto destacou que o PDUH 2040 é um instrumento inédito que reconhece as dinâmicas e necessidades das regiões paulistas. “O plano busca orientar políticas e investimentos públicos, realçando potencialidades e mitigando vulnerabilidades territoriais”, explicou.  O PDUH também prevê a criação de um banco de dados geoespacializado, uma plataforma colaborativa e o monitoramento de metas alinhadas à Nova Agenda Urbana e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.  Prefeito destaca importância do planejamento habitacional  Para o prefeito Dário Saadi, o plano é fundamental para enfrentar os desafios urbanos das grandes cidades. “Essa ação vai embasar decisões e programas municipais. Quando assumi a Prefeitura de Campinas, havia 42 mil famílias inscritas na Cohab. Com apoio do Programa Casa Paulista, conseguimos reduzir para 13,4 mil. Agora, o desafio é atender famílias sem renda comprovada ou com nome negativado”, afirmou.  Dário também ressaltou que os cadernos técnicos oferecem dados essenciais para a tomada de decisão em áreas como urbanismo e habitação de interesse social.  A secretária de Urbanismo de Campinas, Carolina Baracat, também participou do evento. Segundo ela, os cadernos temáticos oferecem indicadores importantes para o ordenamento urbano, como mobilidade, qualidade das relações urbanas e otimização da estrutura das cidades.  “Esses dados norteiam políticas públicas mais planejadas, voltadas à qualidade urbana e à integração entre os municípios, especialmente nas áreas mais conurbadas”, destacou.  Cadernos Temáticos  Os Cadernos Temáticos trazem diagnósticos sobre diversos temas relevantes para o planejamento e desenvolvimento das cidades paulistas. Eles estão divididos em volumes que abordam dados gerais do Estado de São Paulo, questões econômicas, sociais, ambientais e de infraestrutura.  Os Cadernos Temáticos do PDUH 2040 abordam seis eixos principais: •    Vulnerabilidades socioterritoriais •    Dinâmica econômica •    Dinâmica ambiental •    Dinâmica urbana •    Transporte •    Infraestrutura  Os estudos mostraram, entre outros aspectos, que o modelo de parcelamento territorial no Estado é espraiado, desconectado e fragmentado. Apontaram também para um envelhecimento da população e que o crescimento demográfico é maior no interior, especialmente em cidades médias.  Na capital e nas centralidades regionais estão presentes a maior diversidade de equipamentos culturais, de lazer e de esportes, além de unidades de saúde que oferecem complexidades superiores.  Modelos de crescimento e o uso da terra urbana também foram analisados para a produção dos cadernos temáticos, assim como mobilidade e transporte.  Outro ponto relevante abordado foi o cruzamento entre o padrão de crescimento demográfico e a oferta de imóveis, destacando um déficit habitacional em cidades com maior dinamismo econômico.  Cadernos Regionais Com o lançamento dos Cadernos Temáticos, o próximo passo, segundo o governo do Estado, é a consolidação dos Cadernos Regionais, que contemplarão todos os 645 municípios do Estado e trarão questões estratégicas para o planejamento urbano, habitacional e o desenvolvimento, levando em consideração suas potencialidades e fragilidades.